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A economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública, e manter com isso a sua tendência de redução, que é chamada de "superávit primário", voltou a subir em abril e somou R$ 14,49 bilhões, informou, nesta quinta-feira (31), a Secretaria do Tesouro Nacional.

O resultado do Governo Central (União, Previdência e BC) de abril supera em mais de três vezes o superávit primário de março deste ano, que foi de R$ 4 bilhões. Entretanto, é um pouco mais baixo do que o registrado em abril de 2006, quando somou R$ 14,72 bilhões.

O Tesouro Nacional explicou que o bom resultado de abril está relacionado a dois fatores: ao pagamento da primeira cota, ou cota única, referente à declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), e também do IR das empresas referente à apuração trimestral; e à queda no volume de pagamento de sentenças judiciais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em março, o pagamento de sentenças superou em R$ 2,1 bilhões o montante de abril.

Com isso, as receitas do Tesouro Nacional atingiram o montante de R$ 44,2 bilhões em abril, volume R$ 7,2 bilhões acima do verificado no mês de março (R$ 37 bilhões). Do lado das despesas, houve uma queda de março (R$ 36 bilhões) para abril (R$ 31,8 bilhões).

Acumulado do ano

No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, segundo informou o Tesouro Nacional, o governo apresentou um superávit primário de R$ 33,87 bilhões, ou 4,34% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado está acima, portanto, da meta de 2,35% do PIB para todo o ano de 2007. O resultado do primeiro quadrimestre deste ano também é 14,5% superior ao registrado no mesmo período de 2006 (R$ 29,58 bilhões).

Neste ano, até abril, as receitas totais somaram R$ 197,87 bilhões, o que representa elevação de 13,4% frente ao mesmo período do ano passado, quando totalizaram R$ 174,49 bilhões. "As receitas vêm crescendo não apenas em função do desempenho da economia e da evolução do nível de preços, mas também por conta do programa de parcelamento de débitos em atraso [Refis 3]", informou o Tesouro.

No caso das despesas totais, estas somaram R$ 130,75 bilhões no quadrimestre, o que representa elevação frente aos R$ 115,78 bilhões de igual período do ano passado. No caso das despesas da União, estas avançaram 12,3% neste ano, para R$ 75 billhões. Sobre os gastos correntes dos Ministérios, porém, houve uma queda de 9,5%, ou de R$ 1 bilhão, para R$ 9,8 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano.

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