• Carregando...

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que o governo fará um esforço para que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas no país) alcance 4% nesse ano ou um pouco mais. O próprio governo, porém, já revisou esse número devido à crise econômica mundial e a nova expectativa é que a taxa de crescimento fique em 3,8%. Dilma disse que o governo está fazendo sua parte para que o país cresça o máximo possível, mas também está preocupado com a inflação.

"Nós vamos fazer um esforço para chegar a quatro, quatro e pouco. Este trimestre que fechou, nós já vimos que ele foi 0,8. O terceiro ainda vai ser um pouco baixo e nós contamos com o último trimestre para dar um ressurgimento", disse a presidente. Segundo ela, o governo está com os investimentos em dia, e isso possibilitará o crescimento do país.

"Todas as decisões de investimento nas quais o governo federal tem interferência e pode influir no sentido de fazer uma antecipação desses investimentos, viabilizá-los, estão sendo tomadas. Nós, agora, estamos já com quase todos os programas do governo em ritmo de cruzeiro", afirmou.

Desaceleração

Um índice do Banco Central que serve de "prévia" do PIB mostra que a economia já está em desaceleração. O chamado Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,46% de junho para julho e, de acordo com o economista Antônio Madeira, sócio da MCM Consultores, deve fechar o ano com alta ao redor de 3,6%. "O IBC-Br está em plena desaceleração, pois no acumulado em 12 meses atingiu 7,80% em dezembro, chegou a 6,26% em março e alcançou 4,52% em julho", disse Madeira.

Inflação em alta

"O presidente do Banco Central tinha razão ao dizer que o nível de atividade da economia estava em processo de desaceleração", comentou Madeira. No en­­tanto, ele ponderou que, por si só, a redução do ritmo do IBC-Br não justifica o movimento de queda de juros iniciado em 31 de agosto, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) baixou a taxa Selic de 12,5% para 12% ao ano. Para Madeira, a demanda ainda está bem mais forte do que a oferta, o que não arrefece as pressões sobre a inflação.

Na estimativa do consultor, a demanda teve expansão anualizada de 4,8% no segundo trimestre deste ano, nível superior aos 3,2% do PIB. "Em razão do consumo vigoroso, os preços de serviços, por exemplo, estão altos e ajudaram a levar o IPCA para 7,23% em agosto no acumulado em 12 meses", destacou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]