A dívida do governo federal chegou a R$ 1,626 trilhão em setembro, uma alta de 0,5% na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. O maior aumento ocorreu na dívida interna, composta basicamente por títulos públicos negociados no mercado financeiro. Esse tipo de endividamento passou de R$ 1,525 trilhão para R$ 1,534 trilhão no período, alta de 0,64%. O crescimento da dívida interna reflete a incidência de juros sobre os papéis emitidos pelo governo federal: em setembro, esses encargos financeiros somaram R$ 9,203 bilhões.
A dívida externa, ao contrário, se reduziu em 1,86% e encerrou o mês passado em R$ 91,76 bilhões. Nesse caso, a queda se explica pela movimentação do câmbio, já que os títulos da dívida externa são negociados em moeda estrangeira e, portanto, têm seu valor reduzido sempre que o real se valoriza.
Os títulos com remuneração prefixada tiveram a participação ampliada de 32,82% para 34,62% nesse período. De acordo com o Tesouro Nacional, o resultado deve-se principalmente à emissão líquida de R$ 29,57 bilhões desses papéis.
Apesar do crescimento, o perfil da dívida federal registrou uma pequena melhora no mês passado. Entre agosto e setembro, a participação dos papéis prefixados no endividamento total subiu de 34,6% para 36,1%. Em tese, a maior participação desses títulos é mais favorável porque seus juros são definidos no momento de sua emissão, ou seja, mesmo que os juros praticados no mercado venham a subir, a taxa paga por esses papéis permanece inalterada.
Previdência
O déficit da Previdência no mês de setembro foi de R$ 9,2 bilhões, valor 68,8% maior do que o rombo de agosto. É o maior deficit desde o setembro de 2009, quando o valor atingiu R$ 9,6 bilhões.
Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Previdência, o incremento do déficit se explica pela antecipação do 13.º salário. Foram gastos R$ 6,8 bilhões com o benefício. A arrecadação líquida no mês foi de R$ 17,1 bilhões, e os gastos foram da ordem de R$ 26,3 bilhões.
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