A França reagiu cautelosamente à idéia de uma aliança entre a Renault, sua parceira japonesa Nissan e a rival americana General Motors, enquanto as ações da Renault caíam. O ministro francês da Indústria, François Loos, disse em entrevista à televisão que saudava os esforços da Renault em perseguir uma estratégia global, mas também ressaltou o déficit previdenciário e outros problemas enfrentados pela GM, a maior fabricante de carros do mundo.
Renault e Nissan disseram na segunda-feira que estavam prontas para iniciar conversas sobre uma aliança com a General Motors, desde que a empresa americana os procurasse. Juntas, as três companhias formariam um gigante industrial de US$ 100 bilhões.
As ações da Renault caíam 1,38%, no fim da manhã, na bolsa francesa. Em Tóquio, as ações da Nissan fecharam em ligeira alta.
Segundo o ministro francês da Indústria, o assunto tem que ser tratado com "enorme" cautela.
- Os Estados Unidos são um imenso mercado, um complicado mercado e a General Motors está em situação difícil por problemas que nada têm a ver com carros - disse Loos em sua entrevista à TV.
Até o fim de 2005, o governo francês detinha de 15,33% da Renault e 18,78% dos seus direitos de voto, de acordo com o relatório anual da empresa. O chefe executivo da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, responsável por resgatar a Nissan quando ela estava à beira da falência, em 1999, tem dito que a aliança Nissan-Renault pode ser expandida à outras fabricantes se as circunstâncias forem favoráveis, mas tem salientado que uma igualdade na sociedade não é um pré-requisito para a cooperação estratégica.
A aliança de sete anos entre a Nissan e a Renault é considerada um raro exemplo de sociedade bem sucedida. A indústria automobilística tem visto muitas alianças que não funcionaram como o esperado, incluindo BMW e Rover, DaimlerChrysler com a Mitsubishi Motors e as antigas ligações da GM com a Fiat. Mas empresas estabelecidas continuam sob pressão para cortar capacidade excessiva e custos, em virtude de novos competidores procedentes de lugares como a China e para responder à consolidação entre fornecedores, como os fabricantes de aço.
A direção da GM se reunirá nesta sexta-feira e um dos temas a ser discutido será uma proposta de formar a aliança com as companhias francesas e japonesas, informou nesta terça-feira a montadora americana.
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