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Brasília – Os gastos do governo com juros somaram R$ 17,435 bilhões em junho, um crescimento de 143,6% em relação ao mês anterior e avanço de 14,4% sobre o mesmo mês do ano passado. Já o superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) do setor público consolidado (União, Estados, municípios e estatais) ficou em R$ 10,444 bilhões, um crescimento de 65,7% sobre maio e de 8,5% na comparação com junho de 2005.

O governo central deu a maior colaboração para a economia total do setor público. Ela foi de R$ 6,877 bilhões. Já a economia dos governos regionais (estados e municípios) foi de R$ 1,472 bilhão e a das estatais, de R$ 2,095 bilhões. Com esses resultado, o déficit nominal (que inclui os gastos com juros) ficou negativo em R$ 6,991 bilhões, bem acima do déficit de R$ 855 milhões de maio.

No primeiro semestre do ano, o setor público acumula um superávit de R$ 57,154 bilhões, o equivalente a 5,77% do PIB. No entanto, o resultado do ano está 4,67% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (R$ 59,950 bilhões ou 6,53% do PIB).

Já no acumulado de 12 meses, o superávit permanece em 4,51% (R$ 90,709 bilhões). A meta para o ano é de 4,25%.

O superávit primário, na prática, é o dinheiro que o governo economiza para conseguir pagar os juros da dívida pública. Ele não foi suficiente para arcar com todos os gastos com juros, que somaram R$ 81,640 bilhões. Com isso, o déficit nominal – receitas menos despesas, incluindo gastos com juros – foi de R$ 24,486 bilhões no ato até junho ou 2,47% do PIB, contra R$ 20,179 bilhões no acumulado até junho do ano passado (2,2% do PIB).

Dívida

A dívida líquida do setor público chegou em junho a R$ 1,024 trilhão, o equivalente a 50,3% do PIB. No mês anterior, a relação dívida/PIB estava em 50,6%. No ano, a queda chega a 1,2 ponto porcentual. Contribuíram para essa queda o superávit primário do primeiro semestre (R$ 57,154 bilhões), o crescimento do PIB e a apreciação do real frente ao dólar. O Banco Central prevê que a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB poderá ficar abaixo de 50% neste ano.

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