A queda nas cotações de commodities no mercado internacional tem ajudado na redução da inflação de alimentos e combustíveis, diz Gabriel Leal de Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset.
Para se ter uma ideia, a saca de soja, que chegou perto dos R$ 180 em janeiro, está cotada agora no patamar de R$ 135 (-25%), depois de chegar aos R$ 126 em junho, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).
O barril de petróleo Brent, usado como referência em operações internacionais, caiu abaixo dos US$ 80 este ano, depois de superar os US$ 130 em 2022, conforme o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
"A queda nos preços de commodities é tão grande que está contaminando os indicadores de inflação no atacado", explica Barros. "IGP-M e IGP-DI estão caindo a ponto de ter deflação. E parte disso está indo para o varejo, sensibilizando, por exemplo, a inflação de alimentos e de combustíveis no IPCA."
O indicador oficial da inflação no país registrou em junho deflação de -0,08%, puxado principalmente pela queda de -0,66% no grupo de alimentos, de -0,42% em artigos de residência, e de -0,41% em transportes, que inclui combustíveis. A prévia da inflação de julho indicou nova deflação.
"A gente está tendo uma surpresa positiva não porque o governo está entregando uma agenda melhor, mas porque deu sorte", diz o economista. "Esse vento a favor é externo, não doméstico. Não tem nenhuma justificativa doméstica para isso ter acontecido."
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