O governo federal determinou o desligamento de 34 usinas térmicas movidas a diesel e a óleo, disse nesta quarta-feira (3) a jornalistas o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, o desligamento das usinas levará a uma economia ao sistema elétrico de cerca de R$ 1,4 bilhão por mês.
Com a medida, o governo desligou todas as usinas movidas a óleo ou diesel que estavam funcionando desde outubro de 2012 para ajudar a manter o nível de armazenamento das hidrelétricas, que na época estava reduzido pelo atraso das chuvas. "As chuvas vieram na medida das nossas expectativas. Os reservatórios estão cheios e, com exceção do Nordeste, os demais reservatórios estão muito bem", disse Lobão, em entrevista após participar de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que definiu o desligamento.
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Julião Coelho, disse que a decisão vai impactar positivamente os próximos reajustes de energia porque na hora de calcular a tarifa haverá um custo menor em relação ao despacho de térmicas. O custo das térmicas é um dos itens que compõem o reajuste tarifário das distribuidoras, calculado pela Aneel.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse que o desligamento das térmicas deve aliviar os reajustes tarifários que acontecerão daqui para a frente. Mas ele não quantificou qual será o impacto.
Permanecem ligadas as usinas movidas a gás natural, carvão e biomassa, cuja energia é mais barata do que a das usinas a óleo e diesel. Em maio e junho, o governo já havia desligado cinco usina termelétricas mais caras.
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