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O governo tinha indicações que as variações do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro e no quarto trimestres deste ano poderiam vir negativas, evidenciando um "mergulho" da atividade econômica. Integrantes da área econômica acreditam que isso pode ter precipitado a ação do Banco Central, que decidiu cortar a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual, para 12% ao ano, surpreendendo o mercado financeiro.

O corte nos juros foi feito esta semana para evitar que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em outubro, a redução necessária fosse ainda mais drástica. As evidências de esfriamento interno e externo são tão contundentes que o Banco Central já se prepara para cortar de 4% para 3,5% a taxa de expansão do PIB em 2011 no Relatório de Inflação que será divulgado no fim deste mês. O número pode ser modificado, a depender dos dados econômicos que serão divulgados ao longo dos próximos 20 dias.

Com a redução da estimativa, o BC tenta transmitir a mensagem de que não trabalha com meta de crescimento do PIB. Ou seja, havia espaço para corte nos juros porque a economia cresceria menos, colocando menor pressão sobre a inflação.

Por enquanto, o Ministério da Fazenda mantém sua projeção de 4 5% de crescimento, mas o ministro Guido Mantega admitiu que o resultado deve ser mais próximo de 4%. A divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre na sexta-feira, mostrando desaceleração, confirmou o que a área econômica já sabia. Os técnicos esperavam crescimento entre 0,5% e 1%. O resultado divulgado pelo IBGE foi uma expansão de 0,8% sobre o trimestre anterior, o que aponta para uma taxa anualizada de 3,2%.

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