Representantes do setor sucroalcooleiro se reuniram nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir um aumento na mistura de álcool na gasolina, e disseram que o governo sinalizou estar disposto a "ajudar".
O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, afirmou que durante a reunião não houve discussão sobre preços.
- Estamos estudando a possível elevação do álcool na gasolina para um volume disponível pela produção - disse a jornalistas.
Segundo ele, a safra de cana "está 12% superior à anterior" e, portanto, em condições para garantir a oferta com uma eventual elevação da mistura.
"O limite (por lei) é 25%. Podemos ir a 25%, depende de estudos. O governo está disposto a ajudar", acrescentou. Atualmente, a porção de álcool na mistura é de 20%.
Além de Carvalho e do presidente Lula, participaram da reunião em um hotel em São Paulo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, e o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Os preços do álcool caíram nas últimas semanas, atingindo o menor patamar praticado no ano. Segundo uma fonte do setor, essa queda teria estimulado a iniciativa dos produtores de pedir o aumento na mistura.
Antes disso, porém, as cotações tiveram alta expressiva devido principalmente às consistentes exportações do produto nos primeiros meses do ano.
Pelo fato de o álcool ser mais barato que a gasolina, um aumento da mistura, pelo menos em tese, geraria menor pressão de alta sobre a gasolina nos postos.
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