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Juros Conselho Monetário não altera a TJLP

Brasília – O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 6,5% ao ano. Essa taxa irá vigorar entre abril e junho. Para Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, a estabilidade da economia faz com que essa taxa não precise ser revista a cada três meses. "No momento em que a economia se estabiliza, a taxa fica menos volátil", disse. A TJLP é definida pelo CMN trimestralmente. A taxa que vigorou entre abril de 2004 e dezembro de 2005 foi de 9,75% ao ano. Na reunião do CMN de dezembro daquele ano, ela foi reduzida para 9% ao ano, em março, para 8,15%, em junho, para 7,5% ao ano e, em setembro, para 6,85% ao ano e, no encontro de dezembro, caiu para 6,5% ao ano e agora foi mantida. A fórmula para estabelecer a TJLP, que serve de referência para os empréstimos do BNDES, leva em conta a expectativa de inflação para os próximos 12 meses e o risco-país do Brasil.

Brasília – O governo decidiu ontem manter em R$ 95 bilhões o volume de dinheiro a ser economizado em 2007 para o pagamento dos juros sobre a dívida pública. Ou seja, mantendo-se o valor corrente da economia e considerando que o valor em reais do Produto Interno Bruto (PIB) aumentou após a revisão de metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção em relação ao PIB automaticamente diminui.

O superávit primário representa as receitas do governo menos as despesas, sem incluir o pagamento dos juros. A meta do governo para 2007 era de 4,25% do PIB e, para manter essa proporção, o governo teria que economizar mais.

Mantega, entretanto, evitou comentar qual será o novo porcentual, e disse apenas que o superávit primário ficará "onde está em valor absoluto". Considerando o valor do PIB de 2006 e a taxa de crescimento esperada para este ano pelo governo, de 4,5%, a economia de R$ 95 bilhões representará um superávit de 3,75% do PIB.

Ele explicou ainda que, para manter a meta de 4,25%, o governo deveria fazer cortes de despesa entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. "Isso eliminaria projetos, programas de governo e reduziria as dotações orçamentárias dos ministérios", afirmou.

Com a nova metodologia do IBGE, o PIB brasileiro cresceu mais que o inicialmente estimado nos últimos anos. Assim, todos os indicadores econômicos apurados como proporção do PIB sofreram alterações. Na publicação do decreto orçamentário para este ano, o governo já previa a possibilidade de fazer um superávit primário de 3,75% do PIB excluindo 0,50% do PIB relativo ao Projeto Piloto de Investimento (PPI).

Economia

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) praticamente dobrou o esforço fiscal nos primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2006. O superávit primário realizado foi de R$ 15,139 bilhões, contra R$ 7,595 bilhões no mesmo período do ano passado.

"As receitas cresceram acima das expectativas de desempenho da economia e evolução dos níveis gerais de preços, mesmo após as medidas adicionais de desoneração tributária adotadas após janeiro de 2006", diz a nota do Tesouro Nacional.

O Tesouro contribuiu para o resultado com uma economia de R$ 21,708 bilhões, que serviu para cobrir os déficits da Previdência Social e do Banco Central, de R$ 6,491 bilhões e R$ 77,5 milhões, respectivamente.

A receita bruta apresentou uma elevação de 13,2%, para R$ 95,242 bilhões, principalmente ao maior recolhimento do Imposto de Renda sobre ganhos de capital, rendimentos do trabalho e sobre as remessas ao exterior. Destaque também para o crescimento da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

As transferências a estados e municípios totalizaram R$ 17,026 bilhões (+8,4), o que resultou em uma receita líquida de R$ 78,216, 14,3% maior sobre o mesmo período do ano anterior. Já as despesas cresceram 3,7%, para R$ 63,076 bilhões. Em janeiro o superávit do governo central foi de R$ 11,826 bilhões e, no mês passado, de R$ 3,312 bilhões.

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