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Para elevar os investimentos em infra-estrutura neste ano, o governo poderá efetivamente reduzir o superávit primário do setor público de 4,25% para até 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007. A decisão do governo começa a entrar nos cenários traçados pelos analistas do mercado financeiro. "O melhor era não usar o PPI (Projeto Piloto de Investimento) e deixar a meta mesmo em 4,25% do PIB. Não sendo assim temos que trabalhar com essa realidade", disse um analista. Os cenários de dinâmica da queda da dívida pública são os mais afetados pela alteração. "Com um superávit de 4,25% do PIB, a dívida poderia cair mais rapidamente", comentou um analista. Com a redução mais rápida do endividamento público, o governo, de acordo com este analista, poderia encontrar forma para também diminuir o tamanho da carga tributária, que é estimada hoje em 38% do PIB.

Com uma carga menor, a própria capacidade de crescimento da economia poderia ser ampliada. "Poderíamos começar a pensar em deixar para o passado as nossas taxas medíocres de crescimento", disse um analista. Nos últimos anos, a taxa média de crescimento do PIB tem ficado entre 2,5% e 2,7%. "Uma expansão maior poderia gerar alguma elevação da inflação", comentou um outro analista.

As próprias projeções de inflação podem ser afetadas pela redução da meta de superávit primário. "Uma redução de superávit significará mais um impulso para uma demanda que já se encontra aquecida", comentou um analista. Em conseqüência, a velocidade de queda dos juros adotada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) tenderá a ser mais lenta.

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