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A dívida pública federal cresceu 2,6% de maio para junho, somando R$ 1,985 trilhão, informou nesta quarta-feira (24) o Tesouro Nacional. O aumento foi impactado pelo repasse de R$ 23 bilhões da União para o BNDES e a Caixa Econômica Federal em títulos públicos. O valor respondeu por mais da metade do total de emissão líquida de títulos no mercado interno, que foi de R$ 39,01 bilhões em junho.

Já o efeito dos juros significou um aumento de R$ 18,65 bilhões da dívida federal no mês passado. A expansão do débito federal só não foi maior porque houve um regaste líquido de R$ 7,27 bilhões de papéis no mercado externo.

Dos R$ 23 bilhões emitidos para os bancos públicos, R$ 15 bilhões foram para o BNDES e R$ 8 bilhões para a Caixa. A justificativa dos repasses é capitalizar os bancos para que se enquadrem nas regras internacionais de exigências mínimas de patrimônio (Basileia 3) ou para fazer frente às necessidades de expansão dos empréstimos.

Ao mesmo tempo, porém, o governo retira capital de Caixa e BNDES com o recolhimento de dividendos.As operações são alvo constante de críticas de economistas que consideram que seria menos custoso para o governo não recolher os dividendos em vez de aumentar sua dívida.

Composição

A parcela de títulos atrelados à taxa Selic diminuiu de 21,45% em maio para 21,44% do total da Dívida Pública Federal (DPF) em junho, de acordo com os dados do Tesouro. A participação de títulos prefixados passou de 39,16% em maio para 40,01% no mês passado. Os títulos atrelados à inflação fecharam junho em 34 07%, ante 34,62% do total da DPF em maio. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio caiu de 4,77% para 4,48% do total da DPF.

As participações dos títulos prefixados e dos remunerados pela taxa Selic no estoque da DPF em junho continuaram fora dos parâmetros do Plano Anual de Financiamento (PAF). A meta do órgão é fechar o ano com uma fatia dos papeis prefixados entre 41% e 45% do total da dívida. O Tesouro também planeja fechar 2013 com a participação dos títulos remunerados pela Selic entre 14% e 19% do estoque.

No caso da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPFi), a fatia de papéis prefixados passou de 40,42% em maio para 41,20% no mês passado. Em relação aos títulos indexados a índices de preços, houve uma queda no período de 36,40% para 35,70% da DPMFi. No caso dos papéis corrigidos pela taxa básica de juros, houve queda na participação, passando de 22,56% para 22,47% em junho. Os títulos corrigidos pela variação cambial passaram de 0 62% para 0,63% no período.

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