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Paraná deve colher 3,9 milhões de toneladas de trigo neste ano | Fábio Conterno
Paraná deve colher 3,9 milhões de toneladas de trigo neste ano| Foto: Fábio Conterno

O governo federal promete colocar em ação nas próximas semanas um programa milionário para limitar a queda de preços do trigo na Região Sul do país. Em visita a Curitiba, ontem, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, informou que serão disponibilizados R$ 350 milhões em recursos para formação de estoques públicos e leilões de escoamento do cereal. A medida tenta garantir renda aos produtores num momento em que os preços estão 10% abaixo do nível mínimo fixado pelo governo (R$ 33,45 pela saca de 60 quilos), travando as vendas no mercado interno.

Neste ano, o Paraná deve voltar à liderança na oferta nacional de trigo, produzindo 3,9 milhões de toneladas. A previsão de oferta abundante reflete sobre os preços e a saca do cereal (60 quilos) já pode ser encontrada abaixo de R$ 30 em algumas regiões. A desvalorização travou as vendas que, até ontem, somavam apenas 5% da produção total (ou 38 mil toneladas), mesmo com 29% da área colhida (1,1 milhão de toneladas). No mesmo período do ano passado as vendas somavam 9%, conforme dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).

Para tentar dar vazão ao mercado, Geller revelou que será destinado aos três estados do Sul R$ 200 milhões para compras públicas, por meio de Aquisições do Governo Federal (AGF), além de R$ 150 milhões para subsídio ao escoamento, via leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). Os recursos são suficientes para estocagem de 800 mil a 1 milhão de toneladas de trigo, além de apoio à venda de até 6 milhões de toneladas, calcula. Mesmo quem já fez a colheita será beneficiado, garante o ministro. "O recurso já está liberado. O produtor que já colheu só precisa levar o recibo ao armazém da Conab e solicitar o pagamento."

Alento

O volume subsidiado não é considerado o ideal pelo setor, mas garante alento. "O volume contemplado não supre toda a demanda mas é fundamental para sinalizar que haverá uma política de garantia de preço", complementa o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) João Paulo Koslovski.

Colaborou Cassiano Ribeiro

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