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Fabricantes apostam no mercado nacional

Rio de Janeiro – Há poucos dias, a fabricante espanhola Airis anunciou uma nova geração de navegadores GPS com interface incrementada e mais recursos disponíveis. Os aparelhos, indicados tanto para motoristas quanto para pedestres, trazem 32 mil pontos de interesses categorizados (o usuário pode navegar por "farmácia de homeopatia", por exemplo). Aqui entra uma função muito usada na Europa, mas ainda pouco explorada no Brasil: a inserção, dentro dos mapas, de Pontos de Interesse (de Points of Interest ou PoI, do inglês), marcações no software de estabelecimentos para fácil localização do usuário. Na Europa, os mapas trazem milhões de PoIs; no Brasil, eles não passam da casa dos 300 mil.

O software da Airis traz mapas 2D e 3D, setas e comandos de voz em 27 idiomas e 70 opções de voz. O novo software traz ainda funcionalidades como customização de rotas, busca inteligente, simulação de rotas e cadastro de radares. E, mais importante: dá para comprá-lo com o mapa do Brasil combinado com Europa Ocidental ou América do Norte.

Outra que percebeu o bom momento do GPS é a HP. Tanto que lançou um modelo de iPaq voltado exclusivamente para navegação pessoal. O HP iPAQ rx5710 Travel Companion (R$ 1,4 mil) traz software de navegação e mapas pré-instalados, além de funções básicas como e-mail, calendário, Word, Excel, PowerPoint e Internet Explorer.

A Elgin também aposta no mercado e embutiu, no software recentemente atualizado de seu navegador GPS T-Levo (R$ 1,8 mil), mapas de mil cidades e 300 mil pontos de interesse. O modelo tem 3,5 polegadas de espessura, é touchscreen e pode ser usado no modo pedestre ou carro.

Rio de Janeiro – Cena comum: um viajante desembarca no aeroporto e pede ao taxista para levá-lo a determinado endereço. Este, por sua vez, não sabe como chegar lá. O que faz o passageiro? Se ele for um usuário da tecnologia Global Positioning System (GPS), simplesmente saca o celular ou o navegador pessoal, digita o endereço e espera o aparelho guiá-lo até lá, dando inclusive dicas de qual é o melhor ou o mais curto caminho. Antes disponível apenas para o mercado automotivo, os aparelhos GPS "de passeio" (ou outdoor) ficaram mais populares depois da chegada da tecnologia nos celulares.

Já há boas soluções disponíveis no mercado para quem precisa se localizar numa cidade grande ou mesmo traçar trilhas e rotas em viagens. Marcas como Airis, Elgin, Garmin, dentre outras, já desovaram no mercado modelos cada vez mais finos, menores e portáteis – para que o usuário possa escolher, por exemplo, se quer usar o navegador dentro do carro ou num passeio a pé. Nos dois casos, os equipamentos são capazes de traçar rotas a partir da simples digitação do endereço destino.

Há pelo menos quatro tipos de navegadores GPS: os de passeio, (que podem até vir sob a forma de relógio de pulso); os automotivos; os GPS automotivos, tipo Nüvi ou StreetPilot, que permitem a carga de mapas e pontos criados pelo usuário e, por último, os GPS embarcados no painel de carros como Land Rover e BMW.

Há aqueles, no entanto, como os da Airis, HP e Elgin, que podem ser acoplados em painéis de carro e/ou transportados para onde quer que o usuário vá. Estes aparelhinhos, que em geral têm o tamanho de um DVD player de carro, trazem mapas das cidades, mas têm atualizações, em geral, irregulares e custosas (segundo a Airis, seus modelos recebem atualizações a cada seis meses, mas a empresa não informa por quanto cada uma sai).

Dentre as desvantagens estão o fato de estes aparelhos serem inúteis fora da área de cobertura dos mapas internos e de não permitirem o carregamento de mapas pessoais. Eles têm arquitetura fechada e não são capazes de baixar pontos do usuário para o PC. Eles também não marcam trilhas (caminhos efetivamente percorridos), mas podem fazer rotas entre endereços, com auxílio de voz, têm tela grande e sensível ao toque e trazem bluetooth e viva-voz de celular.

Por outro lado, os modelos "de passeio", como o Garmin GPSmap60csx, são capazes de marcar pontos e trilhas; fazer upload e download de pontos e trilhas do usuário para o PC; receber mapas adicionais e gratuitos da internet. A maior parte tem excelente autonomia (em média, 20 horas com duas pilhas AA) e resiste a chuva e trancos. Infelizmente, a Garmin não tem representação local. Ajuda muito o fato de existir uma grande comunidade de usuários de GPS Garmin que, por conta própria e de forma gratuita, montam mapas e fazem upload para a rede mundial, ficando estes disponíveis para outros usuários. "Hoje, já é viável ter um navegador pessoal, que está saindo numa faixa entre R$ 1,2 mil e R$ 1,9 mil. Há boas alternativas de GPS de navegação no Brasil. Eles são capazes de montar rotas, desenham um caminho na tela e levam o usuário até lá", diz André Gurgel, autor do indispensável Meu primeiro GPS – Livro-guia para iniciantes e entusiastas (Editora Via Natura).

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