O economista José Graziano, de 62 anos, ex-ministro da Segurança Alimentar, assume na segunda-feira (1º) o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O cargo será ocupado por ele no período de janeiro de 2012 a julho de 2015. Há cinco anos, Graziano atua como representante da agência na América Latina e no Caribe.
Em 26 de junho deste ano, Graziano foi eleito diretor-geral da FAO com 180 votos. Ele venceu a disputa com o ex-ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, que obteve 92 votos e que é atualmente subdiretor da organização para a América Latina e Caraíbas.
Como diretor-geral da FAO Graziano tem vários desafios, um deles é enfrentar o fato de cerca de 500 milhões de pessoas serem apontadas como famintas no mundo. Há, ainda, a tendência de ocorrer alta dos preços dos alimentos na próxima década. Paralelamente, a situação se agrava na região denominada Chifre da África.
Graziano foi titular do Ministério da Segurança Alimentar do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e responsável pela implantação do Programa Fome Zero. Formado em agronomia e pós-doutorado em estudos latino-americanos pela Universidade da Califórnia, Graziano, há três décadas e meia, dedica-se aos estudos de questões relacionadas ao desenvolvimento rural e a luta contra a fome.
Para erradicação da fome e da pobreza no mundo, ele defende parcerias por meio de programas que produzem resultados positivos em diferentes países e devem ser usados como meios para atenuar tensões e conflitos. Segundo ele, os confrontos podem ser resolvidos por meio da geração de oportunidades.
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