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Varoufakis: carta dilui promessas de campanha do novo governo. | Alkis Konstantinidis/Reuters
Varoufakis: carta dilui promessas de campanha do novo governo.| Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters

A Grécia conseguiu obter quatro meses de prorrogação de seu resgate financeiro ontem, com a aprovação por seus parceiros na zona do euro de um plano de reforma que recuou em medidas de inclinação esquerdista e prometeu que os gastos para aliviar o estresse social não irão desencaminhar o orçamento grego.

Os ministros das Finanças selaram a decisão em uma teleconferência de uma hora conduzida pelo líder do chamado Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. Isso ocorreu depois que o novo governo esquerdista de Atenas lhe enviou uma lista detalhada das reformas que planeja implementar até julho.

"O documento de seis páginas enviado pelo ministro das Finanças grego, o marxista Yanis Varoufakis, diluiu promessas de campanha como deter privatizações, fortalecer os gastos com o bem-estar social e aumentar o salário mínimo. No documento há também a promessa de consultar os parceiros financeiros antes de adotar reformas cruciais e não permitir que estas afetem o orçamento.

A carta contém poucas cifras, mas promete aprimorar a cobrança de impostos, a luta contra a corrupção e analisar e controlar os gastos em cada área de despesa governamental.

Tanto a Comissão Europeia quanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) consideraram a carta suficientemente abrangente para funcionar como um ponto de partida válido para a conclusão bem-sucedida da análise. Porém, as cobranças para a manutenção do resgate financeiro–que o primeiro-ministro grego, o esquerdista Alexis Tsipras, havia prometido descartar – continuam.

Em um comunicado, as 19 nações do Eurogrupo exortaram a Grécia a desenvolver e ampliar a lista de medidas de reforma, baseando-se no arranjo atual. Como sinal das negociações duras pela frente, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que garantias muito mais explícitas serão necessárias em reformas essenciais como aposentadorias, taxação e privatizações.

“Em um certo número de áreas, a carta não transmite garantias claras de que o governo pretende adotar as reformas vislumbradas”, afirmou.

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