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A Grécia fez nesta quinta-feira (20) um crucial pagamento de parcela da dívida com o Banco Central Europeu (BCE), no valor de 3,2 bilhões de euros, usando recursos do resgate recentemente liberados, disse uma fonte do governo, enquanto um ministro de alto escalão defendeu eleições antecipadas após rebelião no partido do governo.

O pagamento marca mais um passo da Grécia para longe da possibilidade de um colapso financeiro, mas o primeiro-ministro Alexis Tsipras precisa enfrentar agora uma crise política após rebeldes antirresgate acabarem a maioria parlamentar de seu governo.

Atenas quitou a dívida usando dinheiro da primeira parcela de seu novo resgate após o programa superar o último obstáculo antes de entrar em vigor na noite de quarta-feira, com o fundo de resgate europeu aprovando o acordo de 86 bilhões de euros (96 bilhões de dólares).

“O pagamento foi feito, os recursos estão a caminho”, disse a fonte à Reuters.

A Grécia chegou perto de cair em um abismo econômico e sair da zona do euro no fim de junho, quando Tsipras tentou extrair concessões que os ministros das Finanças do bloco se recusaram a conceder.

Tsipras recuou no mês passado, aceitando termos que são tão onerosos que a ala esquerdista de seu partido Syriza recusou-se a apoiar o resgate no Parlamento na sexta-feira passada e está ameaçando se desmembrar.

O ministro da Energia, Panos Skourletis, conselheiro próximo de Tsipras, disse que é necessário lidar com o racha. “Precisamos saber se o governo tem ou não tem uma maioria”, disse ele ao canal de televisão estatal ERT.

O premiê já levantou a possibilidade de convocar um Congresso do Syriza para resolver as diferenças com os rebeldes. Mas, expressando sua opinião pessoal, Skourletis disse que Tsipras deveria agir mais rapidamente. “Eu diria eleições primeiro, e então um congresso do partido”, afirmou.

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