A Grécia pode precisar de mais cortes orçamentários para cumprir as metas determinadas no segundo pacote de ajuda financeira, que ainda pode ser submetido a ajustes no futuro, disse o líder do Partido Socialista e ex-ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, em entrevista à revista alemã Der Spiegel.
Venizelos afirmou que o novo governo grego que emergirá após as eleições, que devem ocorrer ao final de abril ou início de maio, precisa finalizar em junho as medidas fiscais de médio prazo. Ele disse que, embora a prioridade será das reformas estruturais incluindo privatizações, mais cortes não podem ser descartados.
"Nosso objetivo é dar ênfase às reformas estruturais com objetivo de evitar a implementação de cortes horizontais de salários e pensões", acrescentou Venizelos. "Mas, em junho, nós precisaremos finalizar nossa estratégia fiscal de médio prazo, e eu não posso excluir a possibilidade de que haja cortes no futuro para seguir as restrições do pacote."
Venizelos disse que é difícil para o governo implementar as dolorosas reformas sem o apoio do povo grego e reconheceu que algumas medidas, como as privatizações, terão de ser aceleradas.
Ele citou que o ritmo das privatizações já avançou e terá de acelerar e acrescentou que o governo já recebeu pelo menos 17 ofertas pela venda da companhia estatal de gás Depa. Mas ele não descarta possibilidade de ajustes ao programa de ajuda financeira mais à frente.
"Há uma revisão trimestral para determinar se o programa está funcionando", mencionou Venizelos. "Estamos prontos para implementar as diretrizes, mas estas também podem ser ajustadas."
Ao ser questionado se a Grécia deixaria o euro depois de tudo, Venizelos disse "não". "Estamos experimentando atualmente a fase mais crítica para salvar nosso país", disse ele. "Se superarmos isso, então virá um período em que esta pergunta não mais será feita." As informações são da Dow Jones.
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