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Manifestantes entraram em confronto com a polícia nesta quinta-feira (29) na Grécia. O governo do país terá que cortar gastos para enfrentar o enorme déficit nas contas públicas, que ameaça a estabilidade do euro. Entre as medidas propostas, está a redução dos salários do funcionalismo | Reuters
Manifestantes entraram em confronto com a polícia nesta quinta-feira (29) na Grécia. O governo do país terá que cortar gastos para enfrentar o enorme déficit nas contas públicas, que ameaça a estabilidade do euro. Entre as medidas propostas, está a redução dos salários do funcionalismo| Foto: Reuters
  • Policiais gregos guardam a entrada do edifício do Ministério das Finanças, em Atenas

A Grécia preparou severas medidas de austeridade fiscal nesta quinta-feira para garantir um resgate bilionário, aliviando os mercados mas levantando ameaças de forte relutância dos sindicatos gregos.Uma autoridade sindical disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu à Grécia que elevasse o imposto sobre valor agregado, descartasse os bônus salariais equivalentes a dois meses extras de pagamento no setor público e aceitasse um congelamento salarial de 3 anos.

"É um acordo fechado", disse Ilias Iliopoulos, secretário-geral do sindicato do setor público ADEDY depois de ter se reunido com o primeiro-ministro George Papandreou.

Fontes familiares com as negociações disseram que as autoridades devem anunciar detalhes de um acordo de três anos até segunda-feira. Isso foi suficiente para gerar um alívio nos mercados, que temem o contágio da crise grega ao longo da zona do euro.

"As conversas estão difíceis", disse o porta-voz George Petalotis a jornalistas sobre as reuniões com o FMI, o Banco Central Europeu (BCE) e a União Europeia. "Ninguém pode garantir nada, nós sabemos o quão difícil é a situação do país."

Os sindicatos deixaram claro que vão se opor a novas medidas de austeridade e convocaram uma série de greves - possivelmente complicando os esforços do governo para cortar gastos. Uma manifestação na terça-feira atraiu 2 mil pessoas.

"É um desastre! O governo passou do limite. Nós não podemos viver desse jeito", disse Despina Spanou, membro do conselho do ADEDY. "Nós vamos lutar contra essas medidas com toda nossa força, porque essa é uma batalha por sobrevivência."

Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos gregos se opõe ao envolvimento da UE e do FMI e que dois terços acreditam que haverá agitação social.A chanceler alemã Angela Merkel, cujo país teria um papel importante em um acordo de resgate, deixou claro que a Alemanha exigirá o rígido cumprimento dos termos em um acordo.

"A Alemanha ajudará assim que -- e eu enfatizaria o 'assim que' -- as condições forem cumpridas."

A Grécia está discutindo um pacote de resgate de até 135 bilhões de euros.

Em Bruxelas, o comissário de assuntos econômicos e monetários Olli Rehn disse que a UE deveria completar as negociações com a Grécia dentro de alguns dias. Ele não deu detalhes sobre o pacote.

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