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A Grécia acordou de ressaca política nesta quinta-feira (16) após o Parlamento ter aprovado um programa de resgate rigoroso, graças aos votos da oposição pró-europeia, em meio aos protestos mais violentos este ano.

A votação, vital para destravar recursos emergenciais dos parceiros europeus já nesta quinta-feira, deixou o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, enfraquecido devido a uma revolta em seu partido Syriza, mas seguro no poder por enquanto.

O Conselho do Banco Central Europeu (BCE), que se reúne em Frankfurt, deve aliviar seu aperto de financiamento aos bancos gregos, o primeiro passo na direção de permitir que reabram após quase três semanas fechados, embora o controle de saques e outras restrições de capital continuem.

Parlamento grego aprova exigências para receber novo socorro da Europa

Apesar de protestos nas ruas, pacote que prevê aumento de impostos e corte de pensões recebe 229 votos favoráveis, 64 contrários e seis abstenções

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Os ministros das Finanças europeus iriam realizar uma teleconferência nesta quinta-feira para decidir sobre um plano de 7 bilhões de euros em empréstimo-ponte para permitir que a Grécia cumpra suas necessidades imediatas de serviço da dívida e evite o calote ao BCE na próxima segunda-feira.

A expectativa é de que todos os 28 países da UE contribuam, apesar da relutância de membros que não fazem parte da zona do euro como Grã-Bretanha e República Tcheca, após se chegar a um compromisso para usar fundos da zona do euro para garantir suas contribuições designadas.

Tsipras conquistou 229 dos 300 votos parlamentares a favor do acordo que ele fechou na segunda-feira com seus parceiros da zona do euro sobre as medidas de austeridade e reformas econômicas liberais mais duras do que aquelas rejeitadas pela população em um referendo em 5 de julho.

Algumas das principais medidas, incluindo aumento no imposto sobre valor agregado, entram em vigor imediatamente, embora seja estendida a hotéis somente em outubro, após a temporada turística.

Sem apoio

Mas 32 dos 149 parlamentares de seu Syriza votaram contra o plano, seis se abstiveram e um esteve ausente, deixando o governo sem uma maioria de seus próprios partidários.

“Tsipras continua ferido, até nova ordem”, dizia a primeira página do Efimerida Ton Syntakton, de viés esquerdista. “Os governos caem quando perdem o apoio do povo, diz ele.” Entre os dissidentes estavam a presidente do Parlamento grego e o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis.

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