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290 das 532 agências de Curitiba e região estão fechadas em decorrência da greve | Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo
290 das 532 agências de Curitiba e região estão fechadas em decorrência da greve| Foto: Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Em funcionamento

O posto de atendimento do Banco do Brasil localizado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Tarumã está em funcionamento para atendimento dos clientes da instituição que precisem pagar taxas de trânsito. As agências bancárias localizadas nos Detrans do Centro e da Vila Hauer, por sua vez, estão fechadas.

A agência da Caixa Econômica Federal que funciona dentro do prédio da Justiça Federal, no Ahú, também está aberta.

A adesão dos bancários à greve nacional deflagrada na última terça-feira (30) continua crescendo nas agências de Curitiba e Região Metropolitana. No terceiro dia de paralisação, 290 das 532 agências estão fechadas, totalizando 13,6 mil trabalhadores em greve. Na capital, são 217 agências sem atendimento. Antes mais concentrada nos bancos públicos – que tiveram funcionários de todas as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB) aderindo à greve desde o segundo dia – a paralisação se expandiu também nas entidades privadas localizadas nos bairros Mercês, Fazendinha, Cidade Industrial e Parolin, além de Centro, Centro Cívico e Batel.

Nas demais cidades da Região Metropolitana, são 73 agências sem atendimento ao público. Além de Quatro Barras, Campina Grande do Sul e Campo Largo, a greve se estendeu para Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais e Balsa Nova. Os dados são do levantamento realizado pelo Sindicato dos Bancários. Nos demais municípios da região, a adesão ocorre nos bancos públicos. Conforme a categoria, 100% das agências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil (BB) nessas localidades estão fechados.

"A adesão já foi razoável, ampliamos bastante a nossa organização e estamos crescendo para a periferia. Vamos continuar os diálogos com os bancários para convidá-los a aderir ao movimento. A greve continua", diz Antonio Fermino, secretário-geral do sindicato.

Para o secretário, a principal diferença desta paralisação em relação às anteriores está na participação dos bancários, que estão nas agências para conversar com a população e esclarecer os motivos da greve. "Não lutamos apenas por salário, mas por condições de trabalho para poder oferecer um melhor atendimento à população", afirma. Negociação

Segundo o sindicato da categoria, ainda não há sinalização por parte dos banqueiros para a retomada das negociações. Por isso, a entidade agendou para a próxima segunda-feira (06) uma nova assembleia para avaliação do movimento e formulação de estratégias para mobilizar e ampliar a adesão dos trabalhadores. Segundo o sindicato, a assembleia não terá caráter deliberativo.

A greve da categoria – que ocorre em todo o Brasil – foi decidida após fracasso nos acordos com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Os bancos ofereceram reajuste salarial de 7,35% e não dedicaram atenção aos outros 120 itens da pauta de reivindicações, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT). Desde 11 de agosto o sindicato nacional da categoria tentava negociar com a Fenaban.

Sindicato e Procon-PR divergem sobre os serviços que devem ser mantidos durante a paralisação

Assim como outros setores, durante a greve os bancos precisam manter os serviços considerados essenciais, que são determinados pela lei nº 7.783/1989. No que diz respeito às agências, a única determinação da legislação é para a compensação bancária, que não pode ser interrompida mesmo com os bancos fechados.

Segundo o Sindicato dos Bancários, atualmente a compensação é feita quase que completamente por meios eletrônicos, o que deve garantir a realização das transações durante o período da greve. Já a reposição dos envelopes para depósitos, que resultarão nas compensações, está fora da relação do que os bancos consideram como serviços essenciais.

O entendimento do Procon-PR sobre a questão é outro. A diretora da entidade, Cláudia Silvano, orienta que o consumidor que não encontrar envelopes nas agências deve procurar a instituição para formalizar uma reclamação. "A questão foge um pouco do direito do consumidor, mas a greve deve prejudicar os usuários dos bancos o menos possível", ressalta. O Procon-PR realizou um pequeno levantamento sobre a disponibilidade de envelopes nesta quinta-feira (2) pelos bancos das Ruas Marechal Deodoro e XV de Novembro, além das praças Zacarias e Tiradentes. O maior problema foi detectado na Caixa Econômica Federal, onde 4 das 5 agências visitadas não tinham mais envelopes.

Apesar de não acompanhar a questão, o sindicato da categoria acredita que a reposição pode estar sendo feita pelos dois funcionários que mantêm os serviços internos das agências em greve, pois ainda não recebeu queixas da população sobre a falta de envelopes. Os saques nos caixas automáticos, por sua vez, estão garantidos. A reposição do dinheiro nas máquinas é feita diretamente pelas empresas de transporte de valores, sem interferência direta das agências.

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