A greve dos caminhoneiros começou com vários pontos de bloqueios no Paraná e outros estados. Até as 19 horas desta segunda-feira (9), conforme última atualização das polícias rodoviária estadual e federal, eles somavam 25 locais, sendo 9 em rodovias federais e 16 em estradas estaduais. Em todos esses pontos, os veículos de passeio, ônibus e ambulâncias têm passagem liberada. Apenas veículos de carga são impedidos de transitar.
MAPA: Veja uma localização aproximada dos bloqueios no Paraná
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Caminhoneiros realizam protestos em 47 pontos de rodovias federais do Brasil em 11 estados. As manifestações se concentram em estados importantes para a produção agrícola do país, como Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Santa Catarina.
Não existe ainda uma avaliação abrangente sobre os problemas causados pelos bloqueios ao transporte de carga e ao fluxo de produtos exportados pelo Brasil.
Mesmo assim, as indústrias exportadoras de frango e suínos estão em alerta com o movimento iniciado nesta segunda-feira, temendo impacto para os embarques nos próximos dias.
No primeiro semestre, outra paralisação de motoristas gerou prejuízos de mais de R$ 700 milhões para as indústrias, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“Agora é mais sério. Alguns mercados compradores, como Rússia e Leste Europeu, estão exigindo que tudo seja carregado até 20 de novembro ou no máximo até o fim do mês”, disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
As associações tradicionais de representação dos caminhoneiros, como a União Nacional dos Caminhoneiros e o Movimento União Brasil Caminhoneiro, não participam do movimento.
Um dos grupos organizadores da paralisação, o Comando Nacional do Transporte, que se organiza por redes sociais, disse que deseja a renúncia da presidente Dilma, na esteira do aumento dos custos de combustíveis e energia e com a recessão econômica.
O governo federal avalia que a greve dos caminhoneiros é “pontual” e tem como único objetivo gerar desgaste político, disse nesta segunda-feira o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva.
“Se tivermos uma pauta de reivindicações, o governo sempre está aberto ao diálogo, mas é uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo”, disse, afirmando entender que é uma manifestação que atinge “pontualmente” algumas regiões do país.
A paralisação, por tempo indeterminado, é motivada por questões políticas: o grupo que organiza a greve pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff.
No Brasil, segundo o Comando Nacional do Transporte, há manifestações em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Tocantins, Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e em Pernambuco.