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Consumidor deve buscar alternativas para recebimento de contas

O Procon-PR e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já alertaram a população em relação às dificuldades que podem surgir por causa da greve dos Correios. As principais recomendações são referentes às contas que podem vencer sem que o consumidor as tenha recebido o boleto bancário, o que pode gerar multa e juros pelo atraso do pagamento.

Segundo o Procon-PR, o consumidor pode buscar meios alternativos para a emissão da segunda via do documento de pagamento. Em vários casos, o boleto bancário pode ser impresso, acessando a página do fornecedor na internet. Também é possível contatar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa e solicitar a remessa do boleto por e-mail ou fax, pedir o código de barras do documento, ou local para efetuar o pagamento.

Cabe ao fornecedor oferecer ao consumidor outras formas de pagamento, além do boleto bancário. Se o consumidor tiver algum prejuízo em razão da não disponibilidade, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor. O órgão ainda orienta que a emissão do boleto não pode ser cobrada.

A Febraban sugere que o cliente identifique os pagamentos recorrentes mensais, ou aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação. Com essas informações, ele deve procurar as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos e solicitar a segunda via da cobrança para efetuar o pagamento.

A greve dos funcionários dos Correios, que afeta a distribuição de correspondências em todo o país, também está atingindo as encomendas e documentos, como passaportes, que são postados pelo serviço de Sedex. As postagens pelo Sedex, segundo os Correios, ainda são aceitas nas agências, mas os clientes são informados de que podem ocorrer atrasos na entrega. Outros serviços como o Sedex 10, Sedex Hoje, e-Sedex prioritário e Disque-Coleta estão suspensos por tempo indeterminado por causa da paralisação.

A entrega de cartas e encomendas comuns continua sendo feita, mas pode haver atrasos. Em caso de dúvidas, a orientação dos Correios é para entrar em contato com a estatal por meio do telefone 3003-0100(para capitais e região metropolitana) e 0800-725-7288 (para outras localidades).

Em caso de necessidade, a pessoa pode retirar a encomenda diretamente na agência ou centro de distribuição em que ela estiver. A informação pode ser verificada pelo serviço de rastreamento oferecido pela empresa na internet ou pelo telefone. Os Correios não aconselham que os consumidores busquem as próprias encomendas e orientam que entrem em contato com a empresa para encontrar uma solução.

Passaportes

Os paranaenses que aguardam a entrega dos passaportes com o visto concedido pelo Consulado dos Estados Unidos podem ter problemas para receber os documentos normalmente. Apesar de os Correios e o Consulado terem afirmado na manhã desta sexta-feira (16) que a entrega não seria afetada pela paralisação, muitas pessoas relataram que a entrega dos documentos ainda não ocorreu.

O Consulado, em São Paulo, informou que os documentos estão sendo despachados normalmente e que o prazo de entrega varia entre três e dez dias úteis após a entrevista. A assessoria de imprensa do órgão informou que não recebeu relatos de problemas com o atraso do passaporte. Em caso de dúvidas, o solicitante pode entrar em contato com o Consulado pelos telefones (11) 5186-7000 (durante o horário consular, das 8h às 17h) e (11) 5186-7373 (fora do expediente consular). De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, o passaporte enquadra-se na categoria de objeto qualificado e a entrega está sendo feita normalmente, apesar da greve.

Greve

Os funcionários dos Correios entraram em greve na quarta-feira (15). A paralisação dos Correios é um movimento nacional. A categoria rejeitou a proposta apresentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a greve é por tempo indeterminado e só deverá terminar quando a empresa apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Os Correios afirmam que a retomada das negociações sobre o acordo coletivo está condicionada ao retorno às atividades e que haverá desconto dos dias parados.

A greve nas cidades paranaenses segue a determinação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) repassada aos sindicatos filiados.Os colaboradores dos Correios que entraram em greve são os carteiros, operadores de triagem (que fazem a separação dos documentos), atendentes e motoristas.

Números da paralisação

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios no Paraná, 33% dos 6,5 mil funcionários no estado estavam em greve nesta sexta-feira (16). Na área operacional, o índice chega a 53% dos colaboradores. Segundo a empresa, cerca de 59% do volume diário de objetos postais estão sendo entregues.

Aproximadamente 2,4 mil (68,5%) dos 3,5 mil funcionários do setor operacional estavam em greve, de acordo com o balanço do sindicato feito quinta-feira (15). O Sintcom-PR afirma que a conta dos Correios é feita com base em todo o quadro de funcionários da empresa, mas os setores administrativos não participam da greve.

Reivindicações

Os trabalhadores pediram um reajuste linear de R$ 400, além da reposição dos 7,16% da inflação referente ao período entre agosto de 2010 e julho de 2011. A categoria ainda queria discutir um piso salarial que seria de aproximadamente R$ 1.635 (atualmente o piso do carteiro é de R$ 807), o aumento do vale-refeição de R$ 23 para R$ 30 e um do auxílio extra, de R$ 130 para R$ 300.

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