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Paraná

Greve dos Correios começa com expectativa de atraso em entregas

Trabalhadores em greve impediram que caminhões dos Correios entrassem nas centrais. Sindicato afirma que adesão no Paraná chega a 75%

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A greve iniciada nesta quarta-feira (19) por trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) deve causar impacto a usuários do serviço no Paraná. Na madrugada desta quarta-feira (19), grevistas fizeram piquetes em centrais dos Correios em Curitiba, impedindo a entrada de caminhões que transportavam correspondências e encomendas. Com isso, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) afirma que deve haver atrasos nas entregas.

"O serviço já está prejudicado desde a madrugada. Vamos continuar mobilizados durante o dia em todo o estado, aguardando um acordo", disse o secretário-geral do sindicato Luiz Antônio Ribeiro de Souza. Nesta quarta-feira, Correios e entidades sindicais têm uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, que pode colocar fim à paralisação.

De acordo com o Sintcom-PR, a adesão à greve no Paraná foi de 75% dos servidores. Estão paralisados carteiros, atendentes, agentes de triagem e funcionários do setor administrativo. Além do Paraná, trabalhadores de outros 22 estados estão em greve.

Interior: baixa adesão e serviços mantidos

Os funcionários dos Correios de Maringá aderiram à paralisação, mas os serviços prestados não devem ser interrompidos nesta manhã. De acordo com o coordenador da subsede local do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Osmar Silva, parte do grupo de carteiros só vai parar após o meio-dia.

No total, Maringá tem aproximadamente 150 carteiros. Silva confirmou que, apesar de parte desse grupo cruzar os braços após o almoço, os demais serviços devem continuar normalmente. "A greve não terá um impacto grande nos serviços, talvez apenas na entrega", comentou.

Em Londrina, nesta manhã, a greve tinha pouca adesão. Segundo um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná em Londrina Cícero da Silva, a paralisação ocorre de forma parcial e, até as 9h30, nenhum serviço estava prejudicado.

O diretor do sindicato informou que até o final da tarde desta quarta-feira terá o número correto da adesão à paralisação em Londrina. No início desta manhã, apenas alguns carteiros e funcionários responsáveis pelo transbordo e triagem de correspondências estavam parados. Não havia também nenhuma manifestação programada.

Negociações

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentct), a categoria reivindica aumento de 43,7% e R$ 200 linear e ticket de R$ 35. Os funcionários também pressionam pela contratação imediata de 30 mil trabalhadores e pelo fim das terceirizações, além de outros pontos para garantia de melhores condições de trabalho.

A proposta dos Correios é reajustar em 5,2% os salários e os benefícios dos seus 120 mil empregados. A empresa diz oferecer ainda aos trabalhadores vale-transporte, assistência médica, hospitalar e odontológica para empregados e seus dependentes (inclusive na aposentadoria) e adicionais de atividade.

Em seu site, a ECT publicou uma nota, informando que a empresa tem um plano de contingência para garantir a prestação de serviços à população durante a paralisação. "Entre as medidas que a empresa poderá vir a adotar estão: realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana", diz o texto.

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