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Greve de parte dos funcionários dos Correios em Curitiba ocorre desde 29 de janeiro | Marco Lima/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Greve de parte dos funcionários dos Correios em Curitiba ocorre desde 29 de janeiro| Foto: Marco Lima/Agência de Notícias Gazeta do Povo

A greve dos Correios continua, nesta segunda-feira (3), no Paraná e em outros dez estados e três regionais do país. Conforme o Sinticom-PR, sindicato dos trabalhadores do setor no estado, a paralisação começa a impactar mais intensamente nos trabalhos prestados pela empresa. Segundo o órgão, apesar de não haver registro de agências fechadas nesta segunda-feira (3) pela manhã, já há correspondências e encomendas, principalmente internacionais, paradas nos centros de distribuição. A entidade não soube precisar o volume de objetos parados.

De acordo com o sindicato, aproximadamente 60% dos trabalhadores da empresa no estado estão parados, em Curitiba, Ponta Grossa, e Cascavel. Em Londrina, a greve dos Correios foi suspensa na tarde de sexta-feira (31). As atividades foram retomadas na manhã de sábado (1º). A decisão, válida somente para a cidade, foi assentida por cerca de 50 trabalhadores que participaram da assembleia realizada nesta tarde. Contudo, o Sintcom-PR contesta a informação e afirma que a paralisação está mantida na cidade.

O sindicato diz ainda, que nesta terça-feira (4), trabalhadores de Maringá farão assembleia para deliberar sobre a greve, o que pode aumentar o número de funcionários de braços cruzados no estado.

Deflagrada na última quarta-feira (29), a paralisação contesta a mudança no plano de saúde dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), que, segundo Sinticom-PR, representa a "precarização" do atendimento médico e odontológico prestado.

Impacto da greve

De uma maneira geral, até sexta-feira passada (31), os Correios consideravam como baixo o impacto da greve no Paraná. Conforme o órgão, das 57 agências dos Correios distribuídas em Curitiba, 40 (cerca de 70%) são franqueadas, ou seja, não possuem trabalhadores vinculados ao Sintcom-PR.

Nas demais cidades o número de franquias dos Correios também é alto, o que diminui o impacto no atendimento. Em Ponta Grossa, das 12 unidades, 5 são franquias; e em Cascavel, a proporção é de 3 agências franqueadas para 9 próprias.

Nesta segunda-feira, a reportagem procurou novamente os Correios para avaliarem o impacto da greve no Paraná, e ainda aguarda retorno.

Plano de saúde

O desentendimento vem desde abril do ano passado, quando foi criado o Postal Saúde, caixa de assistência que, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), representa a privatização do convênio médico, o Correios Saúde. Estimativa da Fentect é que a estrutura do Postal Saúde custe R$ 120 milhões, a serem bancados não pelos Correios, mas pelos empregados.

A diferença é que pelo convênio antigo, os funcionários pagavam de 10% a 20% do valor dos serviços utilizados, de acordo com o salário que recebiam. Pelo Postal Saúde, os preços aumentam e passa a ser cobrada uma mensalidade.

Pelo Brasil

Balanço da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares divulgado na sexta-feira (31) mostrava que, além do Paraná, também realizam paralisações os servidores de Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Piauí, Amazonas, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba e Roraima, além dos sindicalizados nas bases paulistas de Campinas, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba.

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