O Procon-PR e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiram comunicados ontem alertando a população em relação às dificuldades que podem surgir por causa da greve dos Correios. As principais recomendações são referentes às contas que podem vencer sem que o consumidor as tenha recebido o boleto bancário, o que pode gerar multa e juros pelo atraso do pagamento.
A paralisação começou ontem em todo o país. Os serviços de entrega rápida, como Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta, estão suspensos temporariamente. Segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, a entrega de cartas e encomendas comuns continuará sendo feita, mas poderá haver atrasos.
Segundo o Procon-PR, o consumidor pode buscar meios alternativos para a emissão da segunda via do documento de pagamento. Em vários casos, o boleto bancário pode ser impresso, acessando a página do fornecedor na internet. Também é possível contatar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa e solicitar a remessa do boleto por e-mail ou fax, pedir o código de barras do documento, ou local para efetuar o pagamento.
Cabe ao fornecedor oferecer ao consumidor outras formas de pagamento, além do boleto bancário. Se o consumidor tiver algum prejuízo em razão da não disponibilidade, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor. O órgão ainda orienta que a emissão do boleto não pode ser cobrada.
A Febraban sugere que o cliente identifique os pagamentos recorrentes mensais, ou aqueles eventuais que poderão incidir no período da paralisação. Com essas informações, ele deve procurar as agências das concessionárias ou empresas emissoras dos boletos e solicitar a segunda via da cobrança para efetuar o pagamento.
Aproximadamente 1 milhão de paranaenses podem ser afetados pela greve, segundo estimativa do Sintcom-PR, sindicato que representa os trabalhadores no estado. O cálculo foi feito com base no que ocorreu na paralisação da categoria de 2009. Segundo o Sintcom-PR, naquele ano cerca de 3,4 milhões de objetos e documentos ficaram retidos nos Correios somente no primeiro dia da greve.
Negociação
Os Correios informaram ontem que retiraram a proposta de reajuste para os funcionários. A empresa só voltará a negociar após o fim da greve da categoria, que reivindica aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação, calculada em 7,16%, e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.
Saul Gomes da Cruz, um dos integrantes do comando nacional de negociação, calcula que 70% dos 110 mil funcionários aderiram ao movimento ele disse que 30% do quadro de pessoal deve continuar trabalhando, de acordo com a legislação.
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