No período de uma semana e meia de greve dos funcionários dos Correios, que teve início em 29 de janeiro, a empresa registrou 400 mil correspondências atrasadas até os dias 8 e 9 de fevereiro, quando ocorreu um mutirão de entregas em todo o estado. A quantidade corresponde a 13,3% do volume diário de correspondências do Paraná, que é de três milhões. A assessoria de imprensa dos Correios não informa em quais cidades ocorreram os mutirões, mas declara que a operação teve como foco alguns pontos da Região Metropolitana de Curitiba e do interior.
Nesta quarta-feira (12), quando a greve completa duas semanas, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sitcom-PR) promoveu panfletagens por Curitiba, segundo a assessoria de imprensa do órgão. De acordo com o sindicato, pelo menos 60% dos 6.700 trabalhadores estão em greve, quantidade determinada pelo Tribunal Superior do Trabalho para a continuidade das paralisações. Já os Correios alegam que a adesão no Paraná foi de aproximadamente 6% dos funcionários.
Por causa da greve, os serviços de entrega com hora marcada, como o Sedex 10 e o Sedex 12, foram suspensos em algumas cidades do estado, conforme a empresa.
Plano de saúde
A paralisação dos funcionários dos Correios ocorreu devido a um desentendimento quanto ao plano de saúde oferecido aos trabalhadores, a Postal Saúde. Segundo o Sitcom-PR, a empresa apresentou uma proposta de reestruturação que visa a privatização do plano, o Correios Saúde, o que compromete a renda dos trabalhadores e vai contra o acordo coletivo.
No último dia 4, os Correios alegaram que o plano de saúde não será privatizado e que não cobrará mensalidades de seus beneficiários.
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