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Curitiba – O custo potencial para a economia paranaense dos dias parados por causa de greves, no ano passado, chegou a R$ 193 milhões, representando 0,02% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Foram 11 grandes greves, que envolveram 65.044 trabalhadores, num total de 763 mil horas não trabalhadas. O balanço foi divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Em todo o Brasil, o movimento sindical brasileiro realizou 302 greves, que provocaram uma interrupção das atividades produtivas em mais de 150 milhões de horas.

No Paraná, a maior parte das paralisações ocorridas em 2004, ou 63,64% do total, foi realizada na esfera pública, isto é, pelo funcionalismo público estadual, municipal e federal e nas empresas estatais. Na esfera privada foram registradas quatro mobilizações (36,6%).

A greve de maior duração em 2004, no Paraná, foi a dos bancários. No Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal a paralisação somou 28 dias e reuniu 4 mil bancários. No Unibanco a greve durou 19 dias e no Itaú, 13. Medidas judiciais interromperam as greves no Bradesco e HSBC, cujos movimentos duraram só três dias.

A presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Marisa Stédile, diz que a greve deste ano durou só cinco dias por que a estratégia mudou, concentrando-se no HSBC, que tem sede em Curitiba, e aos bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O supervisor técnico do Dieese, Cid Cordeiro, lembra que no setor privado a greve de maior impacto no ano passado foi a dos funcionários da Volkswagen-Audi, com duração de 14 dias. Com a paralisação, os metalúrgicos da montadora alemã, localizada no município de São José dos Pinhais, conseguiram reduzir o número de horas semanais de 42 para 40 e conquistaram o pagamento de R$ 2.950 referente a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

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