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Grevistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Curitiba protestaram com um bolo de aniversário, em frente à sede da entidade na cidade, na manhã desta quinta-feira (29). A manifestação, na Rua Visconde do Rio Branco, perto da Rua 24 horas, foi feita para marcar os 78 anos da entidade nacional. A principal reivindicação da categoria, que conta com cerca de 100 funcionários em Curitiba, é a saída da atual direção nacional do IBGE. As negociações estão travadas, mas o calendário de divulgação de todas as pesquisas está mantido, segundo a assessoria de imprensa do instituto.

Em Curitiba, por volta das 10 horas, parte dos cerca de 100 funcionários do IBGE na cidade participou da "festa" de aniversário. Vinícius Staub, supervisor da pesquisa econômica serviços, diz que a manifestação foi organizada com a intenção de alertar para os problemas que a entidade enfrenta.

"Para citar um exemplo, aqui em Curitiba, para fazer a pesquisa do INPC [Índice Nacional de Preço ao Consumidor], dos 16 funcionários que fazem a coleta, 14 são contratados. Ou seja, eles podem ser mandados embora sem qualquer procedimento administrativo, sem direito à defesa, sem nada, como de fato ocorre em alguns casos." Staub defende que em casos como o INPC, de pesquisa contínua, os funcionários utilizados deveriam ser estatutários ou ao menos pelo regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Nem o sindicato da classe nem o IBGE têm um balanço detalhado do movimento. Os últimos números levantados pelo órgão nacional são de segunda-feira (26), primeiro dia de greve. Nessa data, a estimativa era de que 12% dos funcionários de todo o país tinham aderido à greve. A paralisação dos rodoviários na terça e na quarta, no Rio de Janeiro, e a festa de aniversário do IBGE (que ocorre em locais fora das sedes do IBGE), nesta quinta, impedem que a entidade possa esclarecer se os funcionários não foram trabalhar porque aderiram à greve ou por outros motivos.

No primeiro dia de greve, a representação sindical do IBGE da capital paranaense estimou que "a grande maioria" dos servidores da instituição na cidade aderiu ao movimento. A mobilização, segundo as lideranças, abrange funcionários dos setores administrativo e também os que coletam dados (efetivos e temporários) para pesquisas como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que pode atrasar a divulgação de pesquisas, segundo o sindicato.

IBGE mantém calendário de divulgação

Via assessoria de imprensa, o IBGE informou que o calendário de divulgação de todas as pesquisas está mantido. A entidade diz que entende o direito de greve como legítimo, mas que a direção está impossibilitada de negociar, tendo em vista que uma das principais reivindicações do sindicato é a saída da direção. O IBGE defende ainda que entende que o pedido de troca dos diretores tem motivação política, mas que, mesmo assim, a direção vem se reunindo com a direção do sindicato periodicamente para conduzir as negociações.

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