Cidade do México - A economia mexicana pode ter retração de até 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e a recessão poderia prolongar-se e ser mais profunda por causa da gripe suína, alertou nesta quarta-feira (29) o Banco do México (o banco central do país). A autoridade monetária reviu suas projeções e agora espera uma contração mais severa do PIB, entre 3,8% e 4,8%, ante uma estimativa anterior de queda entre 0,8% e 1,8%.
"É claro que há risco de a recessão ser maior ou mais duradoura que a estimativa atual e que, em consequência, a inflação se reduza mais rápido que o previsto", informou o banco em seu relatório trimestral.
O México, que enfrenta uma recessão devido à desaceleração dos Estados Unidos, seu principal parceiro comercial, agora luta contra uma epidemia de gripe suína que está fechando temporariamente seus negócios e afugentando turistas.
Até agora, analistas estimam que a epidemia - que já provocou a morte de 159 pessoas no México - teria um impacto de cerca de 1 ponto percentual no PIB.
Para o primeiro trimestre do ano, o BC mexicano estima uma queda entre 7% a 8% do PIB, na comparação anual.
Já em relação à inflação as projeções foram revistas para cima, já que a expectativa é de que as empresas vejam seus custos de operação aumentarem com o impacto de uma depreciação mais prolongada do peso mexicano frente ao dólar.
"A inflação tem mantido uma trajetória de alta que pode estar associada ao impacto da depreciação cambial na estrutura de custos da produção", apontou o BC.
A autoridade monetária espera que a inflação fique entre 4% e 4,5% em 2009, ante estimativa anterior de 4%, e 3% em 2010.
O BC disse que as remessas que os mexicanos enviam a seu país em meio à recessão dos Estados Unidos caíram 4,87% no primeiro trimestre do ano, a US$ 5,475 bilhões.
-
Novos documentos revelados pelo Congresso dos EUA mostram mais ordens do STF contra a direita
-
Revelações do Twitter Files mostram ação de Moraes para derrubar contas; acompanhe o Sem Rodeios
-
Políticos no comando de estatais: STF decide destino da lei que combateu aparelhamento
-
Tebet defende acabar com aumento real de aposentadoria e outros benefícios; Gleisi rebate
BC vai pisar no freio? Cresce aposta por corte menor nos juros, para a ira do governo
Políticos no comando de estatais: STF decide destino da lei que combateu aparelhamento
Tebet defende acabar com aumento real de aposentadoria e outros benefícios; Gleisi rebate
O que é “pecado”? Cesta sem carne? Cerveja ou destilado? As polêmicas da reforma tributária
Deixe sua opinião