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Fernando Haddad
Ministro Fernando Haddad, diz que governo avalia impacto da alta do preço do petróleo após início da guerra no Oriente Médio.| Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse na manhã desta segunda (9) que o governo não vai tomar medidas imediatas com relação a uma escalada do preço do petróleo no mercado internacional por causa da guerra no Oriente Médio entre Israel e o Hamas.

O conflito fez o preço do barril de petróleo abrir a semana em alta de 3,82% cotado a US$ 87, no meio da manhã. Segundo o ministro, o óleo chegou a bater US$ 83 na semana passada em um “movimento de acomodação para baixo” antes do início dos ataques do Hamas a Israel, no sábado (7).

“A pior coisa que pode acontecer é você tomar decisões precipitadas que podem colocar em risco uma política. Vamos avaliar, o preço estava em um momento melhor na semana passada, agora acontece esse episódio, vamos ver como é que ele se desdobra”, disse o ministro durante uma entrevista coletiva em São Paulo.

Apesar de afirmar que o governo não vai tomar decisões precipitadas, Haddad reconheceu que a guerra preocupa.

Também pela manhã, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a estatal vai usar “fatores brasileiros” para manter os preços dos combustíveis “mais ou menos estáveis” no mercado interno.

“Isso vai mostrar como está dando certo a política atual de preços da Petrobras, ela deve mitigar esses efeitos”, afirmou durante um evento organizado pela Câmara de Comércio Noruega e Brasil, no Rio de Janeiro, em registro da Reuters.

Para Prates, a guerra é um “evento grave” que não deve ter uma solução nas próximas semanas. O presidente da Petrobras acredita que ainda deve haver “muita especulação” sobre os efeitos do conflito sobre os grandes produtores mundiais, mas ressaltou que Israel não é um grande produtor de petróleo.

Em uma escalada sem precedentes, o grupo Hamas lançou um ataque contra Israel no último sábado (7), com cerca de dois mil foguetes disparados da Faixa de Gaza. Em resposta, Israel conduziu bombardeios em alvos no território, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarando guerra.

O conflito já resultou em cerca de 1,2 mil mortes de israelenses e palestinos, além de centenas de feridos. Uma ONG relatou a descoberta de pelo menos 250 corpos em um local onde uma rave estava sendo realizada.

Líderes mundiais, incluindo Joe Biden e Emmanuel Macron, condenaram os ataques, assim como entidades judaicas. Irã e Hezbollah celebraram a ação do Hamas.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou os ataques de “terrorismo”, mas também fez ressalvas. O governo brasileiro informou que um brasileiro ficou ferido e dois estão desaparecidos em Israel, anunciando uma operação para repatriar brasileiros em áreas afetadas pelos ataques.

A Embaixada de Israel no Brasil classificou o Hamas como um “ramo” do regime iraniano.

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