Ambientalistas e um restrito número de analistas afirmam que, embora a culpa dos atrasos de hidrelétricas costume recair sobre o setor ambiental, os projetos apresentados e a Aneel, que os avalia, têm sérios problemas que comprometem o cronograma da implantação das usinas. A potência total de hidrelétricas aprovadas por ano pela agência reguladora caiu pela metade, de 2,9 GW entre 1998 e 2002 para 1,4 GW no período 2003-2006.
"A licença prévia da hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi, foi liberada com 70 condicionantes. Ou seja, havia nada menos que 70 pontos problemáticos no projeto. No caso de Baixo Iguaçu, a licença saiu com quase 30 condicionantes. É óbvio que muitos projetos são absolutamente inconsistentes", lembra Rafael Filippin, coordenador jurídico da ONG Liga Ambiental.
Ivo Pugnaloni, diretor da consultoria Enercons, aponta para a falta de estrutura da Aneel. "O próprio presidente da agência, Jerson Kelman, afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que a Aneel tem 12 técnicos para avaliar empreendimentos hidrelétricos. E hoje há 37 gigawatts de projetos e inventários na agência, o equivalente à metade de toda a potência das hidrelétricas existentes. O número de profissionais é claramente insignificante frente à tarefa." (FJ)
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