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New Fit, o último lançamento da Honda | Divulgação/Honda
New Fit, o último lançamento da Honda| Foto: Divulgação/Honda

O vice-presidente da Honda do Brasil, Kazuo Nozawa, reduziu as estimativas de vendas da empresa em 2008 de 128 mil para 125 mil veículos, o que representa um crescimento de 46% em relação a 2007, incluindo modelos produzidos no Brasil e importados. "Fomos pegos de surpresa com o agravamento da crise internacional", afirmou Nozawa.

Segundo o executivo, as vendas do mercado automotivo como um todo caíram de setembro até esta segunda-feira por conta da redução de crédito ao setor. "Estamos fazendo um esforço conjunto com as concessionárias. Pelo menos até a última sexta-feira conseguimos manter as vendas de outubro no mesmo patamar de setembro", disse Nozawa.

O executivo avalia que ainda é cedo para prever como ficará o mercado em 2009, mas informa que o foco principal da empresa para o próximo ano é de manutenção dos volumes aos níveis de 2008. "Nossa aposta fica por conta dos lançamentos." A empresa lançou nesta segunda o New Fit durante o Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo. O executivo admite, no entanto, que o mercado como um todo poderá apresentar taxa negativa no próximo exercício.

O vice-presidente da Honda informou ainda que os investimentos da empresa para aumento de capacidade estão praticamente concluídos e que desde agosto a companhia opera com capacidade para produzir 650 unidades por dia, ante 550 mantidas anteriormente. "Só que com a crise vamos trabalhar no patamar anterior", afirmou.

Nozawa disse que a empresa ainda não decidiu que alternativas adicionais poderá tomar para ajustar sua capacidade ao novo cenário interno, mas admitiu que poderá cancelar um dos atuais três turnos de trabalho. Segundo ele, a montadora parou a produção por sete dias na semana passada para ajustes técnicos o que ajudou a equilibrar os estoques.

O executivo informa que falta crédito, principalmente, para a venda de carros usados e que por isso as concessionárias da marca estão sendo mais seletivas na hora de aceitar o carro usado como entrada na compra de um novo. Segundo o executivo, as concessionárias já não estão mais realizando vendas a prazo com entrada zero e que as taxas de juros subiram entre 0,10% e 0,15% na última semana.

Hoje, quem comprar um carro da marca financiado em 60 meses pagará taxa de 1,78% ao mês. Para quem optar por 48 meses, pagará 1,58%. Todos os casos exigem entrada de 30% do valor do automóvel no mínimo.

O executivo não revelou os investimentos feitos neste ano, mas informou que desde que a empresa se instalou no Brasil há 11 anos, já foram aplicados US$ 542 milhões no País. Novos aportes em 2009 vão depender do comportamento do mercado. Conforme o executivo, a empresa está agora em fase de preparação do orçamento para 2009, com a certeza de que haverá redução de despesas.

Leia mais sobre montadoras e o mercado automotivo no canal Automóveis.

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