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Hambuegueria B/Side
Na unidade de Curitiba do B/Side, a meta para 2019 é por incrementar em R$ 150 mil a receita bruta do hotel (Foto: Divulgação)| Foto:

Oferecer a porta da rua passou a fazer parte das estratégias da hotelaria para ampliar receitas a partir da conquista de novos públicos. Atrás de atrair o cliente em potencial que passa diante do estabelecimento, a ideia é evitar que ele precise cruzar a recepção para acessar serviços oferecidos, o que - pela experiência do setor - frequentemente inibe os não hóspedes.

A rede Accor colocou a aposta em prática com a abertura de restaurantes que são anexos a hotéis, mas que têm entradas totalmente independentes. O foco é acabar com a lógica de cozinha-de-hotel para passar a opção para toda a vizinhança, competindo com os demais estabelecimentos da região. Com cardápio voltado àquele cliente corporativo, que almoça perto do trabalho, o B/Side Burgers & Bowls estreou em São Paulo (na Berrini) e em Curitiba.

O gerente da segunda unidade, Vagner Freitas, que também comanda o hotel, acredita que "existiu por um tempo esse paradigma de que o restaurante do hotel é só para o hóspede. De uns tempos para cá isso está mudando com o trabalho de tirar os preconceitos e tentando fazer uma hotelaria mais moderna e mais próxima de todos", afirma.

A política de boa vizinhança foi a maneira adotada para começar a relação: "a gente fez uma ação com alguns prédios vizinhos, entregou um cartãozinho de desconto para que venham conhecer, principalmente os prédios do lado que sofreram um pouquinho com o barulho na época da construção. Então a gente fez um contato amistoso e esses vizinhos agora vem, principalmente nos finais de semana, vem tomar o café da manhã com a gente", comemora.

O esforço voltado ao segmento de alimentos e bebidas, com tentativas de se demonstrar acessível e amigável aos "passantes", é facilmente explicado a partir das receitas, que correspondiam a 10% e passaram a 25% do dinheiro feito pelo negócio após a inauguração do restaurante. Na unidade de Curitiba, a meta -só para esses últimos meses de 2019- é por incrementar em R$ 150 mil a receita bruta do hotel. O incremento é bem vindo, especialmente em tempos de locações por temporada facilitadas pelos aplicativos.

E da porta para dentro?

Garantir que o pedestre que observa a fachada tenha vontade de entrar naquele ambiente que inicialmente não foi pensado para ele é mais desafiador para estruturas mais tradicionais. O Four Points by Sheraton, também de Curitiba, tem um vasto leque de opções para o público não hóspede (como área de eventos sociais e empresariais), mas também há interesse em incrementar os clientes que se sentam à mesa.

A gerente Camila Silva também aposta em conquistar os moradores da própria cidade e avalia que "uma vantagem dos hotéis ao fazer esse movimento é que o consumidor está bastante interessado em experiência".

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