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Primeiro foi a imagem digital que deitou por terra a indústria da fotografia convencional, para tristeza de muita gente. Agora, depois do boom experimentado pelas câmeras digitais, os telefones celulares com câmeras cada vez mais potentes também começam a fazer vítimas entre os fabricantes de maquinetas digitais. A gigante norte-americana HP é um exemplo. Anunciou que não vai mais fabricar câmeras digitais. Ou, por outra, vai preferir que essa missão fique sob responsabilidade de alguma parceira.

E deve vir mais por aí. A Consumer Electronics Association prevê que, este ano, o faturamento com câmeras digitais vai cair pela primeira vez, chegando a US$ 6,6 bilhões, contra US$ 7,1 bilhões ano passado. E não será ser muito diferente em 2008.

Em 2001, a HP chegou ao terceiro lugar nas vendas de câmeras digitais nos Estados Unidos, detendo 15% do mercado. Era um ótimo resultado para quem não era do ramo fotográfico, como Kodak ou Canon. Mas os celulares se sofisticaram e foram comendo essa fatia aos poucos. Eles começaram a ganhar a preferência dos consumidores mesmo em relação às câmeras mais baratas. Foi assim que, ano passado, a fatia da HP já havia caído para 7%. E, este ano, caiu ainda mais, chegando a parcos 4%. A empresa agora espera encontrar um fabricante disposto a produzir, distribuir e vender câmeras com a marca HP a partir do ano que vem. Mas a multinacional continuará a comercializar suas últimas câmeras, lançadas este ano: a Photosmart R937 e a Photosmart R847.

Depois, a HP voltará a se dedicar a sua estratégia de impressão, no segmento de impressoras fotográficas para o lar e de serviços de imagem para a internet. É o que estão fazendo outras concorrentes: investindo na oferta de serviços. Com o mercado de câmeras digitais saturado, aproximadamente 25% dos lucros da HP no último trimestre (1,8 bilhão de euros) foram resultantes de seus produtos de impressão e de cartuchos de tinta. Em agosto último, a empresa lançou sua estratégia Print 2.0 (aproveitando a terminologia "Web 2.0"), que consiste em criar plataformas e serviços de impressão a partir de vários locais na internet - desde as redes de relacionamento até os sites de álbuns digitais. (JPP)

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