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A Hungria pediu "mais tempo" nesta sexta-feira (9) para decidir se apoia as novas normas da União Europeia sobre disciplina orçamentária, enquanto os líderes da Irlanda, Bélgica e Lituânia avaliaram o acordo como um avanço importante para deixar para trás a crise da dívida.

Na cúpula de líderes europeus em Bruxelas, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, afirmou que o acordo sobre disciplina fiscal realizado na noite de quinta-feira por 23 Estados-membros "afeta questões básicas da soberania nacional húngara", por isso que o Parlamento do país precisa de mais tempo para decidir sobre o apoio.

Na reunião de quinta-feira, Hungria e Reino Unido tomaram distância do grupo de países dispostos a aderir ao pacto sobre disciplina orçamentária, enquanto Suécia e a República Tcheca pediram a realização de consultas com seus Parlamentos ou com parceiros das coalizões de Governo.

O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, declarou que o pacto é "um bom acordo", já que estabelece medidas para prevenir os contágios pela crise da dívida.

Na mesma linha, a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaité, classificou o acordo como um "passo a frente muito positivo", o que segundo sua opinião "demonstra que os Estados-membros decidiram que necessitam assumir responsabilidades e continuar avançando".

A presidente advertiu que o início das medidas "tomará um tempo", e criticou a divisão provocada pelos britânicos, mas ressaltou que o Reino Unido "está fora do processo de decisão e a Europa está unida".

Além disso, o novo primeiro-ministro belga, Elio di Rupo, destacou a necessidade de garantir uma solidariedade maior entre os países da União Europeia e impulsionar o crescimento econômico.

"Conseguimos concordar uma disciplina orçamentária que era necessária para a situação do euro, mas também necessitamos de mais solidariedade e crescimento", afirmou.

Na reunião de quinta-feira, os 27 também acordaram acelerar em um ano a entrada em vigor do fundo de resgate permanente e dotar o Fundo Monetário Internacional com 200 bilhões de euros para ajudar países em crise.

O pacto sobre disciplina orçamentária consagra a "regra de ouro" para que os países não tenham déficit estruturais anuais superiores a 0,5% do Produto Interno Bruto, que além disso será incluída nas constituições dos países ou em legislações equivalentes.

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