Contrariando projeções do mercado, a atividade econômica caiu pelo segundo mês seguido em setembro. E fechou o terceiro trimestre com queda de 0,64% em relação ao anterior, de acordo com cálculo divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Banco Central.
Conforme a autoridade monetária, depois de cair 0,81% em agosto, o IBC-Br recuou 0,06% em setembro. Já descontados os efeitos sazonais, o nível de atividade apontado na medição mais recente foi o mais baixo desde janeiro.
Segundo consultas a economistas feitas pela agência Reuters e pelo serviço ValorData, as expectativas medianas eram de leve alta em setembro, de 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Há cerca de um mês, quando o BC divulgou os dados de agosto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o nível de atividade do trimestre era preocupante.
O economista Rodolfo Margato, da XP Investimentos, classificou os números divulgados pelo BC como "decepcionantes". "Em linhas gerais, os dados recentes corroboram nossa visão de enfraquecimento da atividade econômica ao longo do segundo semestre", disse o analista, em nota.
O indicador do BC, que busca medir a "temperatura" da economia, compila dados de indústria, comércio, serviços e agropecuária. Ele é menos abrangente que o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) feito pelo IBGE, mas ajuda a apontar as tendências da atividade econômica.
Conforme os dados do BC, o nível de atividade, apesar da desaceleração, ainda supera o observado um ano antes. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o IBC-Br subiu 0,78% em igual período deste ano. No acumulado de 12 meses, o avanço foi de 2,5%.
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