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Produção de papel na Ibema: se for confirmada a união entre a empresa paranaense e a paulista, nova companhia será a terceira maior do setor no país | Divulgação
Produção de papel na Ibema: se for confirmada a união entre a empresa paranaense e a paulista, nova companhia será a terceira maior do setor no país| Foto: Divulgação

A paranaense Ibema e a paulista Papirus, especializadas na produção de papel-cartão, anunciaram ontem uma carta de intenção para a fusão das duas empresas. Caso concretizado o negócio, que tem prazo de seis meses para ocorrer, a nova companhia se tornará a terceira maior do setor, atrás de Klabin e Suzano, com faturamento anual de cerca de R$ 500 milhões. O papel-cartão é usado principalmente em embalagens de alimentos, cosméticos e higiene.

A auditoria KPMG foi contratada para realizar uma due dilligence (levantamento de dados financeiros). Após a análise, será determinado o valor da troca de ações entre as empresas. A constituição da companhia resultante do acordo será feita por participação acionária dos sócios atuais. O BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, é dona de 22% da Ibema. A empresa foi fundada em Cascavel (Oeste do estado), e tem fábrica em Turvo, no Centro-Sul. A Papirus é controlada pelo empresário Dante Ramenzoni, e tem unidade em Limeira, no interior paulista. Juntas, elas produzem cerca de 160 mil toneladas líquidas de papel-cartão por ano.

Os presidentes das duas companhias citaram a "sinergia" e o "ganho de escala" como principais motivos para o acordo. "Será um ganho de musculatura. São duas empresas de porte muito semelhante e com similaridade na linha de produtos. Isso nos coloca num outro patamar na busca por recursos e investimento", diz Claudio Salce, CEO da Papirus. Para Nei Senter Martins, presidente da Ibema, a fusão coloca a nova empresa numa posição mais favorável para enfrentar as duas maiores do setor. "Existem dois grandes produtores, e agora temos um terceiro com mais força para a disputa de mercado", afirma. A projeção é de que a companhia fique com 25% do market share de papel-cartão do país.

Setor

O Brasil é atualmente autossuficiente em papel-cartão, embora a indústria tema uma explosão da demanda com o crescimento econômico. O aumento do consumo de alimentos e produtos de cosmético e higiene faz as fábricas das principais fabricantes de papel-cartão operarem no limite máximo de capacidade. De janeiro a julho deste ano (últimos dados disponíveis), a demanda pelo produto foi de 466.815 toneladas no Brasil, uma alta de 185% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).

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