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A Bovespa teve nesta sexta-feira (27) a maior alta diária em quase um ano, com investidores zerando posições vendidas diante da expectativa de que autoridades europeias adotem medidas para evitar o colapso da região.

O índice da bolsa brasileira teve alta de 4,72%, a 56.553 pontos, na maior alta diária desde 9 de agosto de 2011, quando o índice subiu 5,1%.

Com isso, o Ibovespa reduziu as perdas acumuladas no ano para queda de 0,35%. Na semana, o índice teve alta de 4,35%. O giro financeiro da sessão foi de R$ 9,1 bilhões, acima da média diária de julho, de R$ 5,84 bilhões.

"A notícia de que o Mario Draghi (presidente do Banco Central Europeu) vai propor a compra de títulos da dívida da Espanha e Itália tirou do mercado o medo de calote nessas regiões, fazendo as bolsas dispararem", disse o diretor da Mirae Asset Securities, Pablo Spyer, em São Paulo.

A alta dos mercados foi generalizada, mas em intensidade menor. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,46%. O S&P 500 avançou 1,91%.

"A Bovespa subiu muito mais forte hoje por um claro movimento técnico de short squeeze. Tinha muita gente apostando na crise e em forte recessão, vendidos a descoberto, mas com essa notícia os vendidos saíram zerando posições", acrescentou.

Dos 67 ativos que compõem o Ibovespa, apenas dois fecharam a sessão no vermelho--Natura, com queda de 0,77%, e Redecard, com baixa de 0,03%.

Dentre as maiores altas, destaque para OGX, que subiu 12,75%, a R$ 5,75, e a preferencial da Usiminas, com alta de 11,06%, a R$ 6,63.

Entre as blue chips, a preferencial da Vale subiu 3,98%, a R$ 36,80; e a da Petrobras avançou 4,72%, a R$ 20,17.

"As bolsas dispararam com o Draghi, mas como nosso mercado estava bem vendido, todo mundo saiu correndo para zerar as posições. É um sentimento de pavor mesmo", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos, em São Paulo.

Reportagem da Bloomberg da tarde desta sexta afirmou que o presidente do BCE deve se encontrar nos próximos dias com o presidente do Bundesbank (banco central alemão), Jens Weidmann, para discutir várias medidas, incluindo a compra de bônus, para ajudar a zona do euro. Mais cedo, o principal índice de ações europeias avançou 1,33%.

"Se isso (atuação do BCE) realmente for verdade, deve sustentar os mercados de forma mais significativa. Isso pode realmente reverter o pessimismo nos mercados", afirmou o economista-chefe da corretora Gradual, André Perfeito.

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