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A bolsa brasileira tentou esboçar alta nesta terça-feira, mas terminou o pregão no vermelho e encerrou novembro com perda acumulada de 4,2 por cento, em meio aos problemas fiscais na Europa e preocupações sobre a retomada econômica dos Estados Unidos.

O Ibovespa, índice que reúne as principais ações brasileiras, fechou em queda de 0,30 por cento nesta sessão, aos 67.705 pontos. O volume financeiro do dia de 10,1 bilhões de reais.

O mercado iniciou o dia em território negativo e na parte da tarde ensaiou-se o que operadores chamam de 'alta corretiva de fim de mês'. Mas nos ajustes o índice voltou a cair e terminou abaixo dos 68 mil pontos, suporte considerado importante pelo mercado.

'A bolsa sofreu em novembro com a expectativa de agravamento da crise na Europa e propagação da crise. Além disso, nos EUA o Fed (banco central norte-americano) mostrou que ainda vai levar um bom tempo para que a economia possa reestabelecer uma trajetória firme de crescimento', afirmou o diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud.

Na zona do euro, o medo de contágio relativo à crise financeira não se dissipou mesmo após um pacote de socorro à Irlanda no valor de 85 bilhões de euros anunciado no último fim de semana, uma vez que o mercado ainda tem na mira potenciais novos focos de problemas na região.

O vice-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, afirmou nesta terça-feira que o pacote de socorro à Irlanda ainda levará tempo para reanimar os mercados.

Na Ásia, os investidores segue à espreita de um possível aperto monetário na China, com a gigante asiática procurando coibir sua inflação.

Com um novembro desconfortável, as perspectivas para a bolsa paulista para o último mês do ano se reduziram, mesmo com dezembro sendo visto como um mês normalmente positivo para investimentos em renda variável. Com a aversão ao risco ainda em voga, o volume de negócios de fim de ano deve ser menor, segundo operadores, o que irá influenciar o desempenho do Ibovespa.

'Dezembro não deve ser o grande mês da recuperação', opinou Daoud. 'O mercado costuma aproveitar o fim de ano para se antecipar às férias e festas, quando você tem uma visão mais otimista. Mas como você ainda tem muitas incertezas, isso pode acabar traindo o investidor', disse.

No Ibovespa, neste pregão, as ações preferenciais da Vale recuaram 1,03 por cento, para 48,00 reais. Os papéis preferenciais da Petrobras cederam 0,45 por cento, para 24,59 reais.

A ação da BM&FBovespa fechou em baixa de 3,48 por cento, cotada a 13,05 reais, no dia que a empresa informou ter recebido auto de infração da Receita Federal cobrando mais de 400 milhões de reais em tributos que não teriam sido recolhidos em 2008 e 2009.

A maior alta do dia dentro da carteira teórica do Ibovespa foi registrada pela ação da Rossi Residencial, que subiu 6,09 por cento, para 15,15 reais. Cyrela Brazil Realty também figurou entre os melhores desempenhos, ganhando 4,58 por cento, para 21,70 reais.

Na segunda-feira, o governo federal anunciou prorrogação por mais um ano de desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção.

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