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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou em 0,31% este mês. No mês anterior, o indicador havia registrado deflação (queda de preços) de 0,55%. Apesar do aumento em relação a agosto, o IGP-10 de setembro deste ano foi inferior ao do mesmo período do ano passado (inflação de 1,05%).

O IGP-10, que é calculado com base em preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, acumula inflações de 2,01% no ano e 4,04% em 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta do índice na passagem de agosto para setembro foi provocada por avanço da taxa dos preços no atacado e no varejo. O Subíndice de Preços ao Produtor Amplo, que avalia o atacado, passou de uma deflação de 0,91% em agosto para uma inflação de 0,35% em setembro. O Subíndice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, passou de 0,01% em agosto para 0,26% em setembro.

Por outro lado, o Subíndice de Custo da Construção, que analisa as variações de preços de materiais de construção e mão de obra, caiu de uma inflação de 0,45% em agosto para uma taxa de 0,15% em setembro.

Carnes

Os preços das carnes bovinas continuam ganhando força no atacado e contribuíram para impulsionar o IGP-10 em setembro. Além disso, um recuo menos intenso em commodities como soja e milho também ajudou a acelerar o indicador, que registrou alta de 0,31% neste mês. Em agosto, a taxa havia sido negativa em 0,55%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

As carnes bovinas estão ficando mais caras em diferentes estágios de processamento. Nas matérias-primas brutas, onde é mensurado o preço do animal vivo, os bovinos subiram 3,22%, contra queda de 1,01% em agosto. Já nos bens finais, onde é apurado o comportamento do produto já frigorificado, a carne bovina avançou 7,23%, após alta de 0,12% no mês passado.

Além das carnes, outros itens favoreceram a aceleração do IGP-10 em setembro. Nas matérias-brutas, houve recuo menos intenso nos preços de grãos como soja (-4,55% para -0,58%) e milho (-8,03% para -1,12%). O trigo ainda recua 10,45%, mas menos que os -12 40% observados em agosto. Houve pressão ainda do lado dos suínos (5,97% para 9,86%).

Entre os bens intermediários, a aceleração foi puxada por quatro dos cinco subgrupos. O destaque foi a categoria de materiais e componentes para a manufatura (-0,38% para 0,39%). Já nos bens finais, a maior pressão veio dos alimentos processados (-0,46% para 2,05%), grupo em que está a carne bovina. Com essa combinação, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou de um recuo de 0,91% em agosto para alta de 0,35% em setembro, informou a FGV.

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