O parque de produção de óleos vegetais da Imcopa em Araucária, onde há 15 dias uma explosão em dois tanques de álcool de soja provocou a morte de quatro pessoas, recebeu ontem, novamente, o atendimento dos bombeiros. A origem do chamado foi um pequeno incêndio em um dos secadores de soja da empresa, por volta da 1h30, que não chegou a provocar danos.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, o alerta de incêndio foi dado por um funcionário novo, pouco familiarizado com os procedimentos de segurança internos. As chamas nos fornos de secagem, diz a empresa, são comuns por causa da presença de palha junto à soja a ser secada. "Toda vez que são lançadas palhas do produto in natura dentro do forno, esse material entra em combustão. O equipamento já possui um dispositivo que paralisa a ventilação no forno e apaga as chamas em questão de segundos", informa a assessoria, em nota. Por falta de informação, o funcionário teria chamado os bombeiros ao invés de acionar o sistema de segurança do próprio equipamento.
A Imcopa prevê para o fim deste mês a retomada da produção de sua segunda unidade industrial, responsável pela transformação de farelo de soja em concentrado de proteína, melaço e álcool, paralisada desde a explosão do dia 18 de abril. Por enquanto, a atividade está mantida apenas na primeira fábrica, onde são esmagadas 2,2 mil toneladas de soja por dia para produção de farelo e óleo de soja. A retomada da produção na unidade paralisada deve ocorrer simultaneamente com a inauguração de uma terceira unidade produtiva da Imcopa em Araucária, que também produzirá proteína, melaço e álcool de soja.
A empresa ainda não calculou os prejuízos gerados pelo acidente nos tanques de álcool. Segundo a assessoria de imprensa, o gasto gerado com a paralisação da fábrica dependerá do tempo que ela ficar parada. A Imcopa espera não ter prejuízo nas vendas, pois o prazo de fornecimento foi renegociado com os compradores após a explosão.
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