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De olho no segmento que mais cresce em sua carteira de crédito, o Bradesco elevou nesta terça-feira o prazo para o financiamento de imóveis de 20 anos para 25 anos, intervalo mais longo oferecido por instituições financeiras no Brasil.

Rivais como Itaú, Unibanco e a estatal Caixa Econômica Federal (CEF), a última líder do segmento, oferecem prazo máximo de 20 anos. A CEF concedeu R$ 14 bilhões em financiamento imobiliário no ano passado.

Com a mudança, um imóvel de R$ 100 mil com financiamento de R$ 80 mil (percentual máximo permitido) tem sua prestação reduzida de R$ 909,54 no empréstimo pelo prazo de 20 anos para R$ 842,87 no novo prazo de 25 anos. Ou seja, a prestação fica 7,33% menor, mas o prazo de pagamento da dívida cresce 25%.

A renda líquida mínima exigida do mutuário também cai de R$ 2.948,47 no financiamento de 20 anos para R$ 2.726,23 no caso do empréstimo por 25 anos.

O novo prazo é válido para imóveis novos e usados enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), avaliados em até 350 mil reais, e na Carteira Hipotecária, com valor superior a 350 mil reais.

As prestações fixas possuem taxa de juro de 12,5% por ao ano (SFH) ou 11,5% mais variação da taxa referencial (TR).

O comprador pode financiar até 80% do valor de venda ou de avaliação do imóvel, desde que o comprometimento máximo da renda líquida não ultrapasse 30%.

BB também ampliou o prazo

O estatal Banco do Brasil -maior instituição financeira do país e que por enquanto atua no crédito imobiliário em parceria com a Associação de Poupança do Exercito- eleva na quarta-feira o prazo de empréstimos para compra de imóveis de 15 anos para 20 anos.

A meta do Bradesco, maior banco privado do país, é superar R$ 3 bilhões em crédito imobiliário este ano, contra aos R$ 2,1 bilhões de 2006 e R$ 700 milhões de 2005.

- É uma carteira que vem crescendo substancialmente, muito mais que as demais carteiras do banco - disse o diretor- executivo do Bradesco Ademir Cossiello.

- Quando se amplia o prazo você consegue alavancar mais as operações de crédito, porque com a mesma parcela o sujeito pode tomar um valor maior ou você vai colocar nessa faixa clientes que a parcela não cabia no bolso - afirmou Cossiello.

- Conseqüentemente, você consegue atender mais pessoas. Isso é um diferencial importante nesse momento e uma confiança que o banco demonstra na estabilidade econômica do país - complementou.

De acordo com o executivo do Bradesco, em alguns países desenvolvidos da Europa e no Japão há financiamento com prazo de até 50 anos.

O crédito imobiliário representa hoje apenas cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e especialistas vêem forte potencial de expansão. O setor de construção civil vem sendo um dos mais beneficiados pela estabilidade econômica, aumento da renda e queda do juro no país.

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