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O impasse entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) em relação a como lidar com a crise da dívida da Grécia continua. Segundo autoridades europeias, a UE só tem mostrado disposição em considerar a redução das taxas de juros e a concessão de prazos mais longos para futuros pagamentos, enquanto o FMI defende uma reestruturação da dívida grega.

"Ainda estamos divididos. O tempo é curto e precisamos encontrar um caminho em comum", comentou um oficial sênior com envolvimento direto no assunto, acrescentando que muitos países da zona do euro, liderados pela Alemanha, veem a questão grega como um problema de "ajustes e reformas estruturais ao longo do tempo", enquanto o FMI a enxerga como um assunto fiscal, que exige atenção imediata.

Enquanto o FMI se dispõe a estudar várias formas que podem levar a uma redução da dívida da Grécia, incluindo um novo pacote de ajuda da UE para Atenas, sua linha de ação favorita é cortar o volume de dívidas por meio de descontos.

Mas a ideia de novos descontos, que envolveriam mais uma negociação com detentores de títulos gregos para reduzir o valor dos papéis, teria repercussões políticas negativas.

Autoridades dizem que o FMI deixou claro para os europeus que não pretende liberar mais dinheiro para a Grécia sem que antes sejam adotadas medidas para reduzir a dívida do país. Além dos limites impostos por seu estatuto, o Fundo teme comprometer sua credibilidade antes de possivelmente ser convocado para participar de um programa de ajuda bem maior para a Espanha.

A sustentabilidade da dívida da Grécia é um dos principais assuntos que estão sendo discutidos nas reuniões anuais do FMI, que começaram ontem em Tóquio e terminarão neste domingo. O segundo pacote concedido à Grécia, em março, estabelecia como meta que a dívida do país chegasse a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O FMI, no entanto, prevê que a relação dívida/PIB grega crescerá para 170,7% do PIB este ano e para 181 8% em 2013, devido à recessão do país, que tem sido mais intensa do que se esperava. Em 2020, o FMI acredita que esta relação terá caído para 150%, segundo os oficiais. As informações são da Dow Jones.

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