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A Deloitte, maior empresa de auditoria do mundo e uma das empresas responsáveis por auditar o Banco Panamericano, divulgou nota na tarde desta quarta-feira (17) na qual se diz "indignada" com a reportagem publicada na edição desta quarta do jornal "Folha de S. Paulo" que afirma que a auditoria teria maquiado o rombo de R$ 2,5 bilhões nas contas do banco.

O banco, do grupo Silvio Santos, precisou obter socorro financeiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) depois de detectar o "buraco" no balanço financeiro, que é, inclusive, maior do que o patrimônio do banco.

O Banco Central disse que a inconsistência ocorreu porque o Panamericano não dava baixa em ativos vendidos pelo banco.

Na semana passada, o Panamericano passou a ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

De acordo com a reportagem divulgada nesta quarta, a Deloitte não mencionou o rombo em relatório do balanço financeiro referente ao terceiro trimestre do Panamericano que foi enviado para o próprio banco e para o Banco Central. O prazo para envio das contas do terceiro trimestre terminou na terça-feira (16).

A publicação diz que o "buraco" financeiro teria sido tratado numa nota técnica da demonstração financeira, usada geralmente para explicar eventos menores referentes à contabilidade da empresa.

Na nota publicada nesta quarta, a Deloitte diz que a notícia é uma "inverdade", já que não é responsabilidade de uma empresa de auditoria preparar demonstrações financeiras, que são atribuições, segundo ela, da administração da empresa.

A Deloitte repudia também trecho da reportagem que afirma que dois auditores consultados pela publicação teriam afirmado que a auditoria deixou de realizar checagens primárias no balanço do banco.

"Não é possível que terceiros auditores, que teriam sido ouvidos pelo repórter, concluíssem sobre a suficiência de nossos procedimentos de auditoria sem ter tido acesso aos nossos trabalhos e sobre estes emitissem julgamento e afirmativas de forma irresponsável".

A empresa nega ainda que possa ser descredenciada da matriz da Deloitte, como afirmado na reportagem. " Trata-se de um absurdo sem igual, sem qualquer vínculo com a verdade".

E reclama de não ter sido consultada sobre outros pontos tratados na publicação. "Surpreendeu-nos, ainda, o fato de o repórter ter apurado que a Deloitte não disporia de seguro para cobrir "eventuais erros de omissão de executivos" e ter publicado a informação, sem termos nos manifestado a respeito", afirma.

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