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A indústria brasileira começa a retomar projetos de investimento suspensos durante a crise. O mês de outubro deve registrar liberações entre R$ 2,5 bilhões e R$ 2,6 bilhões na linha específica para aquisição de máquinas e equipamentos (Finame) disponível no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É quase 40% mais que o emprestado em setembro (R$ 1,85 bilhão) e o dobro dos financiamentos de julho (R$ 1,28 bilhão), consolidando a tendência de retomada de investimentos na indústria.

"Estamos trabalhando com essa projeção para outubro. Acreditamos que é resultado de dois fatores: juros mais baixos do Plano de Sustentação do Investimento (PSI) e o aumento da confiança dos empresário", afirmou o diretor de Administração e Operações Indiretas do banco, Maurício Borges Lemos.

Na semana passada, o balanço trimestral de desempenho do banco já havia registrado R$ 2,4 bilhões em pedidos de liberação da Finame no acumulado de 22 dias úteis anteriores a 15 de outubro, depois de oscilar em torno de R$ 1,5 bilhão entre março e agosto. A média diária de desembolsos atingiu R$ 109,5 milhões este mês, superando em 80% os R$ 60,5 milhões de julho, nível mais baixo desde o início da crise global.

A indústria de base - que inclui principalmente siderurgia, papel e celulose, química e petroquímica e cimento -, primeira a sofrer o baque da crise, começa a tomar a liderança de investimentos. "A recuperação da economia e o fim dos ajustes de estoques aumentaram a utilização da capacidade instalada. Em alguns setores, ela já chegou ao limite", afirma o economista da Tendências Consultoria, Bernardo Wjuniski.

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