O crescimento da economia da China deve se acelerar no ano novo, com o bom desempenho do setor manufatureiro levando um índice de atividade apurado em dezembro ao maior nível em 20 meses, enquanto as exportações da Coreia do Sul ao país aumentaram.
O estudo divulgado nesta sexta-feira também mostrou que o rápido ritmo da atividade impulsionou custos de insumos como trabalho, matérias-primas e capital para a máxima em 17 meses na China, potencialmente comprometendo esforços de autoridades que querem manter as políticas voltadas ao crescimento sem gerar expectativas inflacionárias.
O índice oficial dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) subiu a 56,6 em dezembro, ante 55,2 em novembro, informou a Federação de Logística e Compras da China.
Foi o décimo mês consecutivo de expansão e a maior alta mensal desde março, refletindo um setor fabril chinês longe de uma estagnação pós retomada e que tem conseguido mostrar fôlego ao entrar em 2010.
"Esperamos que as condições para um forte crescimento econômico continuem em 2010, com as principais fontes para esse avanço vindo de uma melhora geral no consumo privado, de mais força nos investimentos no mercado imobiliário e de uma sólida recuperação das exportações", afirma Jing Ulrich, chefe de operações com ações chinesas do J.P. Morgan, em Hong Kong.
A demanda chinesa tem dado impulso à economia de muitos países vizinhos na Ásia desde o ano passado, uma vez que os tradicionais mercados ocidentais permanecem fracos.
A Coreia do Sul, quarta maior economia asiática, disse nesta sexta-feira que suas exportações à China entre 1o e 20 de dezembro saltaram 74,4 por cento, para 54,23 bilhões de dólares, ao passo que as exportações aos Estados Unidos no mesmo período cresceram apenas 8,7 por cento, a 19,04 bilhões de dólares.
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