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Segmento de máquinas viu receita crescer 20% ano ano | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Segmento de máquinas viu receita crescer 20% ano ano| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Expectativa

Confiança da indústria tem pequena alta em dezembro

Depois de três quedas consecutivas, o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) apresentou ligeira alta em dezembro, ficando em 45,2 pontos, uma diferença de 0,4 ponto em relação ao resultado de novembro (44,8). Apesar da melhora, o índice divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) fecha o ano com o empresariado demonstrando falta de confiança na economia. O indicador varia de 0 a 100 pontos, em uma tabela em que acima de 50 pontos significa confiança nos rumos da economia. Para o economista da CNI Marcelo Souza Azevedo, apesar de pequena, a alta no índice de confiança é importante porque interrompe uma trajetória de queda e abre uma perspectiva positiva em relação aos próximos quatro anos. "A parte da confiança é fundamental para a retomada do investimento – e o país ter investimento é uma base muito importante para que haja crescimento sustentado".

Quase otimistas

Segundo a pesquisa, o indicador de expectativas aumentou de 48,2 pontos, em novembro, para 49,2 pontos, aproximando-se da linha divisória de 50 pontos, que separa as perspectivas pessimistas das otimistas. Entre as grandes empresas, o índice cresceu 0,9 ponto este mês.

As vendas da indústria paranaense aumentaram 5,9% na passagem de setembro para outubro, mas diminuíram nas comparações de longo prazo. Em relação a outubro de 2013, a queda foi de 2,2%. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o setor sofreu uma queda de 6,4% em seu faturamento, conforme a sondagem Indicadores Industriais, publicada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

A retração nas receitas do setor acompanha de perto a queda da produção – que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 6,1% em relação aos primeiros dez meses de 2013, mais forte que a retração média da indústria nacional, de 3%.

No acumulado de 2014, caíram as vendas industriais no estado do Paraná (-2,3%), para outros estados (-5,9%) e, principalmente, para o exterior. As exportações da indústria despencaram 18% em relação ao mesmo período de 2013.

Apenas seis dos 18 ramos industriais monitorados estão faturando mais neste ano, liderados pelo segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, cuja receita aumentou 20,4% em relação ao período janeiro-outubro de 2013. Na sequência aparecem as atividades de edição e impressão, com alta de 6%, e couros e calçados, com 3,9%.

Queda brusca

No outro extremo da tabela, o pior desempenho do ano no estado foi a queda de 61,3% nas vendas de material elétrico e de comunicações – resultado influenciado, principalmente, pelo encerramento das operações da Siemens Enterprise Communications, no segundo semestre de 2013. Também tiveram quedas expressivas os ramos de metalurgia básica (-29,5%) e veículos automotores (-19%).

Perspectivas

As perspectivas para os próximos meses e para 2015 não são boas. "O mês de outubro tem sido, nos últimos anos, o último mês de elevado nível de vendas na indústria de transformação paranaense. Daí para diante e até março, são meses de baixa atividade industrial", disse o economista Maurílio Schmitt, da Fiep. Sobre 2015, ele avalia que "a deterioração constante das contas internas e a dificuldade de controlar a inflação são entraves para qualquer recuperação sustentável".

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