Prevendo investimentos de US$ 400 bilhões na área de exploração de petróleo no mar (offshore) nos próximos dez anos, a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) lançou hoje uma cartilha com dez diretrizes que apontam soluções para evitar que gargalos do setor comprometam o cenário otimista.
"O pré-sal é o fato novo, é o que dá condições de um salto para a indústria nacional. Se os gargalos forem sanados temos condições de ampliar em cinco vezes a previsão de geração de empregos neste período, de 400 mil empregos", disse Bruno Musso, superintendente da Onip.
A agenda com as diretrizes para o setor de petróleo lançada pela Onip tem como base estudo encomendado à consultoria Booz ? 2) incrementar a produtividade e aprimorar processos da produção local; 3) fortalecer atividades industriais em três a cinco polos produtivos; 4) estimular a formação de centros de excelência tecnológica nos polos produtivos; 5) simplificar e aumentar a transparência das políticas de conteúdo local; 6) fortalecer o sistema empresarial nacional e sua atuação internacional; 7) atrair tecnologia e investimento de empresas internacionais; 8) garantir isonomia tributária, técnica e comercial entre competidores externos e locais; 9) estabelecer condições de financiamento e garantias competitivas internacionalmente; 10) acessar matéria-prima, insumos e infraestrutura em condições competitivas. Ao comentar os dez pontos, Musso afirmou que tratam-se de ações concretas "que precisam ser tomadas para que esta oportunidade não seja perdida".
Conteúdo nacional
O diretor geral da Onip, Eloy Fernandez & Fernandez, criticou as dificuldades para que seja aferido o conteúdo nacional da área de petróleo. "Há muita burocracia e faltam elementos técnicos para determinar o cálculo", disse hoje durante o evento do setor.
Ele citou como principal exemplo das dificuldades o fato de a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ter contratado várias certificadoras e não haver homogeneidade na avaliação. "O que é (conteúdo local) para uma pode não ser para outra", disse.
Para ele, estas dificuldades trazem incertezas aos fornecedores e encarecem o processo como um todo. "Há uma incompreensão geral e quem paga é o fornecedor que não sabe para onde ir."
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