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De setembro a novembro, 14,5 mil paranaenses devem entrar no mercado de trabalho como temporários, tanto na indústria como no comércio. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), que fez a projeção com base nos resultados das pesquisas de emprego já realizadas neste ano e na comparação com os anos anteriores.

No ano passado, considerado ruim para o mercado de trabalho paranaense – que sofre forte influência do agronegócio – foram abertas 13.986 vagas temporárias no segundo semestre.

O Dieese não tem estimativas de quantas dessas vagas terminam em contratações, mas consultores de recursos humanos afirmam que cerca de 30% dos trabalhadores temporários são efetivados, dependendo, é claro, da demanda do setor.

Para o economista do Dieese Cid Cordeiro, o incremento da renda das famílias – resultado da aprovação do salário mínimo regional, das negociações coletivas com aumento real e da expansão de crédito – deve impulsionar o consumo e, por conseqüência, abrir vagas. O aumento da renda, no entanto, não será suficiente para um resultado próximo de 2004, quando 21 mil vagas temporárias foram abertas no estado.

Na indústria, as contratações já começaram, e segundo o Dieese, se concentram nos meses de agosto e setembro. O Boticário, indústria paranaense de cosméticos, contratou 63 funcionários temporários para suprir a demanda do fim de ano, quando a produção praticamente dobra na unidade de São José dos Pinhais. A empresa não prentende abrir mais vagas neste ano. Luiz Carlos Alves, 18 anos, é um dos novos contratados pela fábrica no Paraná. O auxiliar de operações está na linha de produção desde 1.º de agosto. Para Alves, que ficou dois meses desempregado, essa é uma excelente oportunidade de entrar no mercado de trabalho. "Se abrir uma vaga definitiva, terei a chance de ser efetivado. Mas, para isso meu trabalho tem de ser exemplar", diz.

O objetivo de Alves, que concluiu recentemente o ensino médio, é conseguir a efetivação em uma grande empresa, para então retomar os estudos. "Tenho vários colegas que entraram como temporários e foram efetivados, por isso mantenho a esperança."

Comércio

Se na indústria a previsão de vagas não chega nem à metade do histórico 2004, no comércio a média de contratações circula sempre perto de 10 mil no estado, e é esta a previsão para este ano. Os meses de maior contratação no comércio são outubro e novembro, mas em algumas lojas a temporada já começou.

É o caso da loja de brinquedos PB Kids, que tem duas unidades em Curitiba. De olho no aumento do movimento para o Dia da Criança, a PB Kids do ParkShopping Barigüi já contratou 3 funcionários fixos em julho, e tem ainda 3 vagas fixas abertas e mais 6 temporárias. O objetivo da empresa é, além de manter o atendimento nos períodos de maior procura, treinar os funcionários para o período das festas. A gerente da loja, Jane dos Santos, confirma que grande parte dos seus temporários são efetivados. "Considero a contratação de temporários a porta de entrada da empresa", diz.

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